Sem chance

Pragmático, PT deixa porta aberta para Skaf e PP de Maluf

Julia Duailibi, Malu Delgado e Roberto Almeida - O Estado de S.Paulo
O PT definiu ontem em seu Congresso a política de alianças em São Paulo, deixando aberta a porta para se unir a inimigos históricos: o representante do empresariado Paulo Skaf (PSB), presidente da Fiesp, o ex-tucano Gabriel Chalita (PSB) e o ex-prefeito Paulo Maluf (PP).

O objetivo, manifestado abertamente por dirigentes, é robustecer a chapa Mercadante e Marta e garantir mais tempo de TV. O PT espera chegar a seis minutos e meio de exposição, enquanto os tucanos devem ter oito minutos e meio.

Correligionários inconformados até tentaram emplacar uma emenda ao tema, vetando a aliança com PSB e PP, que apesar de nacionalmente alinhados com Lula têm proximidade com os tucanos em São Paulo. A emenda tratava Skaf, possível candidato do PSB ao governo paulista, como neoliberal e "inimigo do trabalhador". Chalita, recém filiado ao PSB e cotado para a segunda vaga ao Senado na chapa petista, foi descrito como "inimigo dos professores" por sua atuação como secretário de Geraldo Alckmin (PSDB).

Ainda que o apoio à candidatura do vereador e apresentador de TV Netinho (PC do B) ao Senado esteja em negociação, dirigentes petistas veem com bons olhos a parceria com Chalita, apostando que o ex-tucano pode atrair ao PT um eleitorado do PSDB.

Com relação ao PP, que cogita lançar Celso Russomanno ao governo do Estado, aliados de Mercadante acreditam que há possibilidade de construir um apoio num eventual segundo turno, ainda que o nome de Paulo Maluf não seja digerido pela militância petista.

Na tentativa de convencer o PT, Carlos Zarattini (SP) lembrou que o vice-presidente José Alencar (PR) foi vaiado quando entrou na chapa com Lula em 2002. José Genoino (SP), por sua vez, disse que é preciso uma política de alianças "inteligente". "É necessário ter força política para ganhar a eleição. O PT aprendeu que não ganha eleição sozinho nem governa sozinho. " Até agora, o PT conta com seis partidos para a coligação (PDT, PPL, PC do B, PT do B, PR e PRB).
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Nota do Editor - Não há nada de pragmatismo na ação petista. Todo mundo sabe que Maluf é comunista. Adora Paris, ninguém precisa de prova mais explícita. Como disse Gobineau, brasileiros desejam ardentemente viver em Paris. Comunistas mais ainda, trotskistas então nem é bom falar, explodem de emoção ao ver o Louvre. O general Newton Cruz (Nini) disse que Maluf queria matar Tancredo. O PT expulsou quem votou em Tancredo. Logo, são farinha do mesmo saco. O ex-tucano Chalita sempre foi petista. Infiltrado nas hostes tucanas arrasou a Educação para dar munição ao inimigo. Mercadante tem razão, vai para a aposentadoria apoiado pelos aliados certos. Lula nem apareceu no lançamento da candidatura, tamanha a consideração que tem pelo senador. (Sidney Borges)

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