Manchetes do dia

Segunda-feira, 01 / 02 / 2010

Folha de São Paulo
"Governo de Lula acelera criação de cargos nomeados"

Média de novas vagas de confiança mais que dobra e passa de 23,8 na primeira gestão para 54 por mês

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva aumentou a criação de cargos de confiança no seu segundo mandato. Levantamento em medidas provisórias e projetos de lei revela que 4.225 vagas do tipo foram criadas de 2007 a 2009. Descontadas as extintas, o saldo é de 1.946. Na primeira gestão de Lula, foi de 1.144. A média mensal de novos cargos nomeados aumentou de 23,8 em 2003-2006 para 54 nos últimos três anos. Lula herdou do governo Fernando Henrique Cardoso 19.943 postos de confiança e dispõe atualmente de 23 mil. Nos EUA, Barack Obama iniciou sua gestão com 9.000 dirigentes indicados pelo Executivo. O Ministério do Planejamento diz que a criação desses cargos ocorre de forma pulverizada, "para reorganizações internas de diversos órgãos" da administração federal. A pasta ressalta que há regras para a ocupação dos cargos. Para a oposição, o aumento de postos de confiança demonstra partidarização da gestão.

O Estado de São Paulo
"Governo tem R$ 50 bi em despesas adiadas"

Com problemas de gestão, União não consegue gastar os recursos do Orçamento e conta de restos a pagar já supera valor de investimentos

A dificuldade do governo federal para gastar o dinheiro público criou um caos orçamentário no Brasil. Além dos recursos autorizados e não gastos, há as despesas cujo pagamento está sendo adiado ano país ano a ponto de virar um orçamento paralelo. São os chamados restos a pagar, despesas empenhadas (compromisso de que há crédito para a obra) que não receberam desembolso do Tesouro e foram transferidas para o ano seguinte. De 2006 a janeiro de 2010, essa conta quase quadruplicou, saltando de R$ 12,8 bilhões para R$ 50 bilhões, segundo o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi). É como se a União tivesse, em todo início do ano, um orçamento a mais para gastar. "Orçamento virou peça de ficção", diz o economista Gil Castelo Branco, da ONG Contas Abertas. "O problema não é mais escassez de dinheiro. A capacidade de planejamento, acompanhamento e execução de projetos tem se deteriorado nas últimas décadas", diz o economista Raul Velloso. Os restos a pagar têm superado os investimentos no ano. Em 2009 os investimentos somaram R$ 34 bilhões e os restos a pagar do ano atingiram R$ 35,3 bilhões.

Twitter

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mosca-dragão

Pegoava?

Jundu