Largo São Bento



O centro de São Paulo há 100 anos
Aqui se vê o Largo São Bento com a aparência adquirida nos últimos anos do século XIX. O casario de taipa existente alguns anos antes, quando fotografado por Militão de Azevedo (1887), foi todo substituído por construções de três pavimentos, feitas com tijolos: à extrema esquerda, o Hotel d’Oeste; no centro, à esquerda, o Grande Hotel Paulista, iniciado em 1888; e, à direita, o prédio onde funcionava no começo do século XX o Hotel Rebecchino.

Os dois últimos edifícios mencionados exibiam soluções de esquina típicas do período, previstas no padrão edilício municipal em vigor: o canto cortado, à esquerda, e o canto arredondado, à direita. Esta segunda solução propiciaria o alastramento, nas esquinas do Triângulo, de torreões coroados com pequenas cúpulas de ardósia ou metal estampado, reforçando o ar europeizado que a paisagem urbana paulistana vinha apresentando nos últimos tempos.

No primeiro plano, vemos o largo em que foi agenciado um jardim público em 1886. O gradil que o cercava, instalado no ano seguinte, seria removido no início do século atual.

Vê-se ainda na foto um bondinho tirado a burros, depois substituído pelo bonde elétrico (1900), e um quiosque-botequim. Essas frágeis construções de madeira, alegremente enfeitadas com bandeirolas, proliferavam na cidade desde a década de 1880. Seriam suprimidas nos primeiros anos do presente século por serem consideradas feias e por prejudicarem o trânsito que se intensificava na cidade, além de atrairem elementos da mais baixa extração social, com seu comércio barato de bebidas e petisqueiras. (Original
aqui)

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