Coluna do Celsinho

Imagem

Celso de Almeida Jr.
Saíram as listas.


Corri para conferir.

Na dos mais belos, fiquei atrás do Chapolim Colorado.

Na dos mais elegantes, ganhei do Jackson do Pandeiro.

Até aí, tudo bem, tenho espelho em casa.

O que me surpreendeu foi a classificação dos justos e honestos.

Espremeram-me entre Paulo Maluf e o Lobo Mau.

Sinceramente...

Pensei em questionar a seriedade da pesquisa, mas desisti.

A escolha foi tipo Baile das Rosas, saudoso evento do professor Eunápio.

Impossível duvidar da lisura.

Então, fiz profunda reflexão.

Como construí esta imagem?

Nada contra o Doutor Maluf.

Gosto daquela voz metálica, estalada.

Mas, convenhamos, ele já teve melhor ibope.

E eu, ali...

E o Lobo Mau, então?

A única vovozinha que comi foi a deliciosa pipoca doce.

Talvez um ex-funcionário chateado tenha participado da votação; deve ser isso.

Lembro que, numa audiência trabalhista, fui chamado de tubarão do ensino.

Silenciei.

Não queria sujeitar o juiz a um bate boca contraproducente.

Só pensei que se o carcará soubesse o saldo de minha conta bancária substituiria o tubarão por sardinha.

Mais gente votou.

Possivelmente, algum desafeto que não captou meu bem intencionado alerta:

“Quem tem olho grande não entra na China.”

Insisti em buscar na memória.

Recordei quando fui secretário de administração, por três meses e meio.

O prefeito da época acabara de ser eleito, alicerçado no mote da honestidade.

Imagine a pecha que levei ao romper com um homem destes...

Talvez seja isso, resquícios distantes.

Aliás, que experiência importante aquela.

Vi, na prática, como é sábia a frase:

“Não basta ser honesto. Tem que parecer honesto.”

Mas, isso é para políticos profissionais, preocupados com a carreira.

Prefiro a autenticidade.

Pode gerar dúvidas, entretanto, combina mais com a verdade.

E esta, seguramente, um dia aparece.

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