Literatura

O romancista de Hitler

Tomás Eloy Martínez do The New York Times
Talvez o melhor veículo para entender os delírios do poder autoritário sejam as ficções que nascem sob o amparo dos ditadores ou dos seus cúmplices letrados.


A França ocupada de Pierre Laval e do marechal Pétain teve, em Pierre Drieu la Rochelle, um predicador sincero das suas glórias racistas.

O medíocre ditador da Argentina, Gen. José Félix Uriburu (1930-1932), desdenhou o apoio espontâneo de outro grande poeta, Leopoldo Lugones.

Adolf Hitler e Joseph Goebbels confiaram a sua posteridade à arquitetura e ao cinema. O arquiteto Albert Speer e a épica cineasta Leni Riefenstahl não os desapontaram. Ambos eram arautos da beleza ariana e suas obras expõem o credo da superioridade racial.

Embora Hitler também contasse com a servidão de um músico genial, Richard Strauss, precisava um narrador que o glorificasse. Ninguém o satisfez até que leu alguns contos do escritor Hanns Heinz Ewers.
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