Arquitetura



Ponte de Alcântara (104 a 106 d.C.)

A Ponte de Alcântara foi construída pelos Romanos sobre o rio Tagus (Tejo) entre 104 e 106, em Alcântara, Espanha, por ordem do Imperador Trajano. É possivelmente a mais importante das pontes Romanas que restam pelo mundo. Seu nome, Alcântara (Al Qantarat) que quer dizer “a ponte” em árabe, vem da época da invasão muçulmana.

Foi erguida na Via (estrada) que ligava Norba (atual Cáceres) a Conímbrega (hoje Condeixa-a-Velha); é formada por seis arcos que cobrem uma distância de 194 metros e que se apóiam em seis pilastras: duas encravadas no leito do rio e as outras duas em suas margens rochosas. Na parte mais alta mede 57 metros, se não contarmos o Arco do Triunfo que fica bem no centro, com 14 metros de altura. Tem 8 metros de largura.

O arco é dedicado ao Imperador Trajano, nascido na então Hispania, província Romana. A inscrição numa placa em mármore diz: "Imp. Caesari. Divi. Nervae. F.Nervae Traiano. Aug. Ger. Dacio. Pontif. Max. Trib. Potest ; VIII Imp. V.Cos V. P.P.". (Ao Imperador Cesar Nerva Trajano Augusto, filho do divino Nerva, Germânico, Dácico, Grande Potífice, Tribuno revestido da Oitava Potência, saudado Imperador pela Quinta vez, Pai da Pátria). Havia outras duas placas fixadas nos pilares, mas só uma é conhecida, a que menciona os 11 municípios que contribuíram para sua construção.

A obra é mesmo extraordinária. Toda em granito, as pedras retangulares – opus quadratum – cortadas de modo a se encaixar sem necessidade de argamassa; a intervalos regulares eram colocadas perpendiculares às outras de modo a dar mais solidez à ponte. Com toda a certeza, os Romanos levaram em conta as violentas enchentes do Tejo, o que explica sua altura excepcional.

Na entrada, à esquerda, há um pequeno templo que era dedicado ao Imperador Trajano; mais tarde foi transformado em capela e hoje é conhecido como Capela de São Julião. Em seu frontão lemos a inscrição com o nome do construtor, Caio Julio Lacer, e loas ao seu talento e à qualidade de seu trabalho. E mais: “Pontem perpetui mansurum in saecula” (ponte destinada a durar até o fim dos tempos).


Guerras e batalhas fizeram mais mal à ponte do que o tempo ou os elementos. Os Mouros destruíram uma face do arco menor em 1214. Foi reconstruído em 1543 com pedras retiradas das mesmas pedreiras usadas originalmente. O segundo arco foi destruído pelos espanhóis para impedir o avanço dos portugueses e foi depois restaurado por Carlos V; em 1809, no entanto, foi novamente explodido, desta vez para impedir o acesso das tropas napoleônicas.
Na metade do século XIX foi inteiramente restaurada. (Do Blog do Noblat)

Alcântara, Estremadura, Espanha
Fontes:
pt.wikipedia.org/.../Ficheiro:Bridge_Alcantara.JPG
http://www.alcantara.es/index1.htm
Lello Universal

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