Georges Braque


Pintura - Fruteira e Cartas de Baralho (1913)

Braque parecia questionar o tempo todo os padrões artísticos convencionais. Na sua aldeia, por exemplo, ele costumava reduzir uma estrutura arquitetônica a uma forma geométrica próxima de um cubo – ou mais precisamente – a um prisma retangular. Quer dizer, a estrutura parecia ser tanto plana quanto ter três dimensões.

Ele e Picasso são indubitavelmente os criadores do Cubismo que tem como traços principais a geometrização das formas e volumes; a renúncia à perspectiva; a ausência do claro-escuro; o volume colorido sobre superfícies planas; a sensação de objetos esculpidos na pintura, às vezes recorrendo a colagens; cores austeras, do branco ao negro, passando pelo cinza, por um ocre apagado, ou um castanho suave.

O nome cubismo tem uma história conhecida: o pintor francês Henri Matisse fazia parte do júri da exposição do Salão de Outono de Paris, em 1908, onde estava exposto o quadro de Braque, “Maisons à l'Estaque”, que Matisse chamou de "caprichos cúbicos". No entanto, o quadro que marcou definitivamente o Cubismo como escola artística foi “Les Demoiselles d‘Avignon”, que Picasso pintou em 1907.

O convívio dos dois amigos e o estreito intercâmbio de ideias e descobertas, conhecido como o período do Cubismo Analítico, só foram interrompidos pela eclosão da Primeira Guerra Mundial. Braque foi convocado e em 1915, devido a um ferimento grave na cabeça, foi dispensado, tendo recebido a Cruz de Guerra por bravura e a Legião de Honra por tão bem servir à França. Ele só voltaria a pintar em 1917. (Do Blog do Noblat, original aqui)


“A Fruteira” é óleo, lápis e carvão sobre tela. 81x60 cm
Acervo : Musée National D’Art Moderne – Centre Pompidou, Paris
Fontes :
http://artista.guillaume-alexandre.com/braque.htm
www.centrepompidou.fr/musee/

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