Piloto de Ubatuba comenta acidente


Tiago Rizzi é ubatubense e pilota jatos por esse mundão afora

Turbulências em rota onde desapareceu avião da Air France são comuns, diz piloto

da Folha Online
Turbulências na rota onde o avião da Air France desapareceu são comuns, segundo relata o piloto Tiago Rizzi, 35. Durante quatro anos ele atuou na TAM e ainda atravessa o trecho em sua função de piloto executivo. Segundo ele, a rota é uma transposição do hemisfério Sul para o Norte e onde existe a atuação de uma ZCIT (Zona de Convergência Intertropical), formando nuvens. "É bastante constante [turbulência] e comum", disse.


Entre as adversidades meteorológicas, Rizzi elenca a "clear air turbulence", que não é detectada em radares ou nenhum outro sistema e pode provocar o que os especialistas chamam de turbulência severa.

Ele afirma que o Airbus-A330 é um equipamento altamente automatizado. Existem três sistemas elétricos. Se um deles for interrompido por algum motivo, outros são acionados em seguida. Porém, dependendo da intensidade de uma descarga elétrica, podem ser acionados comandos independente da atuação da tripulação. "É muito raro mas não é impossível se perder todo o sistema elétrico [após o aparelho ser atingido por um raio, como alegou a Air France]", afirma.

Rizzi afirmou que já pilotou aeronaves em situação de turbulência. Nessas situações ele afirma que algumas das possibilidades é entrar em contato com a torre de comando e pedir para mudar o nível --subir ou descer-- para desviar da formação.

O piloto prefere não tecer comentários a respeito do que pode ter ocorrido. Entretanto, descarta que a falha humana pode ter ocasionado o desaparecimento do aparelho devido a experiência do piloto, que possui 11 mil horas de voo.

Rizzi afirma ainda que se de fato for constatado que o avião tenha caído no oceano, dificilmente a caixa-preta do aparelho será encontrada pois ela não bóia.
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