Coluna da Quarta-feira
Semana do Meio-Ambiente: Prefeitura de Ubatuba perde investimentos para coleta seletiva de lixo
Mauricio Moromizato
Semana do Meio-ambiente. Comemorações e programações extensas por toda parte. A conscientização cresce, sem sombra de dúvidas, mas os resultados não aparecem. Na verdade os indicadores pioram. A olhos vistos.
Bandeira vermelha em Itamambuca; saneamento básico insuficiente e sem aumento do tratamento, com a população crescendo; milhares de Ubatubanos sem água tratada; coleta de lixo ineficaz em vários bairros (quem duvidar pergunte aos moradores da região sul e de bairros distantes), entre outros problemas.
Ontem estive presente na abertura do “IV Seminário de Políticas Publicas” que ocorrerá até dia 3 de junho na UNITAU – Campus Ubatuba. Bom evento, bem organizado. Público pequeno. Boa oportunidade para conversar com as pessoas e trocar informações.
Durante a mesa redonda que aconteceu após as explanações, algumas “pérolas” vieram á tona:
- falta vontade política para execução de ações efetivas na área ambiental, principalmente no tocante a saneamento básico:
- a SABESP continua não cumprindo suas obrigações com a cidade, atrasando (novidade) as já insuficientes obras de saneamento básico e tratamento de água;
- o Plano Municipal de Saneamento Básico encontra-se em estágio muito inicial, sem divulgação e sem participação da comunidade.
Mas, além disso, veio de maneira oficial, de um dos representantes da CETESB, a informação de que há verba estadual disponível para investimento em coleta seletiva de lixo, a fundo perdido, para aquisição de 500 lixeiras, dois caminhões, esteira de separação e outros equipamentos. A prefeitura de Ubatuba não fez o pedido dessa verba!
E para completar as “boas informações ambientais”, também confirmada oficialmente, a prefeitura de Ubatuba perdeu R$ 320.000,00 (trezentos e vinte mil Reais) de verba do FEHIDRO, para investimento em coleta seletiva, por problemas com o projeto apresentado. Sequer mandou representante na reunião em que os projetos foram discutidos, aprovados ou rejeitados.
Quem é responsável por essa perda? O Prefeito, os secretários? Vai ficar impune?
De que adianta ter alto índice de preservação da Mata Atlântica, se isso significa apenas aparência? Como falar em “Ubatuba sustentável”? E não vou entrar no mérito das questões sociais e econômicas...
Perda de investimentos para coleta seletiva de lixo, omissão e submissão à SABESP e falta de discussão e de transparência sobre a coleta e transbordo do lixo. Essa é a marca ambiental que Ubatuba carrega atualmente.
Sempre vejo e escuto que a questão ambiental precisa ser baseada nos famosos 5R’s (Repensar, Reduzir, Reutilizar, Reaproveitar, Reciclar).
Convido você leitora, você leitor a usar apenas um dos R’s: Repensar. Para responder aos filhos, aos jovens, ao futuro da cidade: “Dá para comemorar?”
Mauricio Moromizato
Semana do Meio-ambiente. Comemorações e programações extensas por toda parte. A conscientização cresce, sem sombra de dúvidas, mas os resultados não aparecem. Na verdade os indicadores pioram. A olhos vistos.
Bandeira vermelha em Itamambuca; saneamento básico insuficiente e sem aumento do tratamento, com a população crescendo; milhares de Ubatubanos sem água tratada; coleta de lixo ineficaz em vários bairros (quem duvidar pergunte aos moradores da região sul e de bairros distantes), entre outros problemas.
Ontem estive presente na abertura do “IV Seminário de Políticas Publicas” que ocorrerá até dia 3 de junho na UNITAU – Campus Ubatuba. Bom evento, bem organizado. Público pequeno. Boa oportunidade para conversar com as pessoas e trocar informações.
Durante a mesa redonda que aconteceu após as explanações, algumas “pérolas” vieram á tona:
- falta vontade política para execução de ações efetivas na área ambiental, principalmente no tocante a saneamento básico:
- a SABESP continua não cumprindo suas obrigações com a cidade, atrasando (novidade) as já insuficientes obras de saneamento básico e tratamento de água;
- o Plano Municipal de Saneamento Básico encontra-se em estágio muito inicial, sem divulgação e sem participação da comunidade.
Mas, além disso, veio de maneira oficial, de um dos representantes da CETESB, a informação de que há verba estadual disponível para investimento em coleta seletiva de lixo, a fundo perdido, para aquisição de 500 lixeiras, dois caminhões, esteira de separação e outros equipamentos. A prefeitura de Ubatuba não fez o pedido dessa verba!
E para completar as “boas informações ambientais”, também confirmada oficialmente, a prefeitura de Ubatuba perdeu R$ 320.000,00 (trezentos e vinte mil Reais) de verba do FEHIDRO, para investimento em coleta seletiva, por problemas com o projeto apresentado. Sequer mandou representante na reunião em que os projetos foram discutidos, aprovados ou rejeitados.
Quem é responsável por essa perda? O Prefeito, os secretários? Vai ficar impune?
De que adianta ter alto índice de preservação da Mata Atlântica, se isso significa apenas aparência? Como falar em “Ubatuba sustentável”? E não vou entrar no mérito das questões sociais e econômicas...
Perda de investimentos para coleta seletiva de lixo, omissão e submissão à SABESP e falta de discussão e de transparência sobre a coleta e transbordo do lixo. Essa é a marca ambiental que Ubatuba carrega atualmente.
Sempre vejo e escuto que a questão ambiental precisa ser baseada nos famosos 5R’s (Repensar, Reduzir, Reutilizar, Reaproveitar, Reciclar).
Convido você leitora, você leitor a usar apenas um dos R’s: Repensar. Para responder aos filhos, aos jovens, ao futuro da cidade: “Dá para comemorar?”
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