Aviões e computadores

O computador errou. Será?

Sidney Borges
Tenho amigos pilotos, muitos. Hoje conversei pelo Skype com um que trabalha na China desde que a Varig faliu. Entre pilotos há uma dicotomia estilo "Marlene-Emilinha" envolvendo aviões Airbus e Boeing. Pilotos de Boeing 737 dizem que voar Airbus é parecido com brincar de "Flight Simulator". Dizem mais, que o piloto apenas sugere, mas é o computador que decide. Palavras de um experimentado comandante com mais de 15 mil horas de vôo. Segundo ele há acidentes estranhos envolvendo os aviões europeus. Cita dois especialmente. O da TAM em Congonhas e aquele dos Estados Unidos em que o piloto pousou no rio. Nos dois casos o computador tomou decisões que contribuiram para o desfecho, os acidentes não aconteceriam se as manetes de potência fossem operadas pelos comandantes. Apesar desse julgamento severo, acidentes são estatísticamente desprezíveis em relação ao número de vôos que há. O xis da questão é você estar viajando em um avião que vai virar estatística, seja ela desprezível ou não. Eu particularmente prefiro aviões pilotados por seres humanos, que por serem humanos têm medo. Por mais eficientes que sejam, os computadores nada temem e caso tomem uma decisão errada manterão a posição até o crash fatal. Aos computadores falta aquele orifício que os humanos têm e que por tê-lo temem, pois é sabido que quem o tem, tem medo.

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