Coluna da Sexta-feira

Pedaços

Celso de Almeida Jr.
Um ficou no Sesi nº 15, no cruzamento da Conceição com a Rio Grande do Sul.
Um, na Escola Estadual Capitão Deolindo.
Outros, no Discoton, no Café Concerto, na avenida Iperoig, no Bettys.
Na praia Grande também tem um, bem onde funciona o Oásis.
Lá estava a barraquinha onde, com o Pixoxó e o Alfredo, alimentava a expectativa de enriquecer...
Tem também no obelisco da praça. Nele, tocavam os dedos de criança, com a imagem do seu Filhinho ao fundo, na varanda.
E, claro, no cine Iperoig, na calçada oposta.
No jornal A Cidade deixei muitos. No Ubatuba Víbora vou deixando as sextas feiras.
Na internet? Milhares!
Nas pessoas?
Muitos...
Família, amigos, professores, alunos, funcionários, políticos, clientes, desafetos. Em todos há um pedaço.
Curiosa essa vida, né?
Vamos envelhecendo, espalhando nossos pedaços pelo caminho.
E, recolhendo pedaços também.
No final, derivados em pó na terra, microscópicos pedaços reiniciam a caminhada, por outras vertentes da vida.
É curta a jornada, querido leitor.
Vale aproveitá-la distribuindo pedacinhos de solidariedade, esperança e entusiasmo.
O que colheremos?
Não importa.
Tudo se dissipará no tempo.
Seremos apenas lembrança.
Pedaços de nossas ações.
De nossos sonhos.

Comentários

Anônimo disse…
A morte não é a maior perda. A maior perda da vida, é a que morre dentro dentro de nós, enquanto vivemos.

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