Manchetes do dia

Quarta-feira, 28 / 01 / 2009

Folha de São Paulo
"Ganho dos bancos cresce; inadimplência é recorde"

Instituições captam dinheiro a juros de 12,6% ao ano e repassam a 43,2%

Em dezembro, os bancos do Brasil captaram dinheiro a taxas mais baixas que as observadas de junho a novembro, mas não repassaram a queda aos correntistas: ao contrário, o “spread” bancário atingiu o maior nível em mais de cinco anos. Os números são do Banco Central. No mês passado, os bancos pagaram 12,6% ao ano para levantar recursos no mercado e repassaram esse dinheiro aos clientes cobrando juros médios de 43,2%. A diferença, que é o maior “spread”, foi de 30,6 pontos. Para Altamir Lopes, chefe do Departamento Econômico do BC, há mais aversão ao risco por parte dos bancos. Segundo a Febraban (associação do setor), embora a tendência do “spread” seja cair, a inadimplência tem atuado no sentido oposto. Outros dados do BC mostram que, em dezembro, a inadimplência no financiamento a pessoas físicas foi a maior desde 2002. Atrasos de mais de 90 dias nos pagamentos atingiram 8,1% dos empréstimos, contra 7,8% em novembro.

O Globo
"Crise faz governo bloquear R$ 37,2 bi do Orçamento"

Turismo pode perder 95%; Esporte, 94%; e Meio Ambiente, 79%

Diante da crise, o governo Lula anunciou o bloqueio de R$ 37,2 bilhões no Orçamento deste ano - 25% das despesas previstas. O chamado "corte preventivo" reduz em R$ 14,7 bilhões, ou 30,5%, os gastos com investimentos, mas o governo disse que o Programa de Aceleração do Crescimento está preservado. As despesas com custeio da máquina foram cortadas em 22,5%. Os ministérios mais atingidos são Turismo (corte de 95,5%), Esporte (94,5%) e Meio Ambiente (79%). O bloqueio, o maior do últimos anos, pode ser revisto em março, quando se espera uma avaliação mais precisa da arrecadação. O presidente Lula disse que o Orçamento será olhado com responsabilidade: "Vamos gastar apenas aquilo que podemos gastar. Estão mantidas as obras importantes." Para o ministro Paulo Bernardo, a crise trará crescimento e receita menores. Em 2008, os cortes foram de R$ 19,4 bilhões.

O Estado de São Paulo
"Itália chama embaixador de volta e agrava crise com Brasil"

Gesto representa um protesto contra o refúgio concedido a extremista italiano

O governo italiano convocou seu embaixador em Brasília, Michele Valensise, que embarcou ontem para Roma. O gesto representou um protesto contra a concessão de refúgio político ao extremista Cesare Battisti, condenado a prisão perpétua na Itália. A iniciativa foi tomada após a Procuradoria-Geral da República brasileira recomendar ao STF o arquivamento do processo de extradição de Battisti. Para a Procuradoria, que antes tinha se manifestado a favor da extradição, o processo perdeu o sentido com a decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, de dar a Battisti o status de refugiado político.O subsecretário de Relações Exteriores da Itália, Alfredo Mantica, se declarou tão "indignado" com a atitude do Brasil que chegou a recomendar o cancelamento do jogo amistoso entre as seleções dos dois países, marcado para o dia 10. Mantica sugeriu ainda que a Itália, atualmente na presidência do G-8, vai dificultar a aproximação do Brasil com o grupo que reúne as oito maiores economias do mundo.

Correio Braziliense
"Niemeyer na trincheira":

“Não abro mão”

Aos 101 anos, o arquiteto de Brasília decidiu, em suas próprias palavras,“defender o trabalho” e avisou que pretende provar documentalmente a legalidade da Praça da Soberania,formada por um conjunto de prédio e obelisco com 100 metros de altura projetado para o gramado central entre a Rodoviária e o Congresso. O croqui da obra provoca polêmica desde que foi exibido. O Iphan e a Unesco afirmam que ela agride o tombamento de Brasília. Arquitetos e professores da área se dividem entre elogios e críticas sob o ponto de vista estético e funcional. Na única sondagem de opinião pública até aqui — uma enquete posta na internet pelo Correio — ,a esmagadora maioria das pessoas,mais de 70%,se declara contrária à novidade. Já Oscar Niemeyer diz contar com o apoio dos amigos para entrar na batalha, da qual não recuará. O governador Arruda afirmou que a polêmica é “ótima” e faz a cidade ficar intelectualmente viva.

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