Gêmeos

22 de janeiro

João Pereira Coutinho (Clique aqui e leia o original)
Curiosa história: leio no londrino "The Daily Telegraph" que Josef Mengele, o médico nazista que presidiu aos horrores "científicos" do campo de extermínio de Auschwitz entre 1943 e 1945, passou pelo Brasil durante o seu exílio. Mais propriamente pelo município de Cândido Godói, no Rio Grande do Sul, onde desenvolveu algumas experiências com as mulheres do local.


As experiências destinavam-se a produzir o maior número possível de gêmeos, uma velha quimera do Terceiro Reich que Mengele tentou promover ainda na Alemanha de forma a acelerar a criação da raça ariana perfeita.

Com a derrocada da Alemanha, Mengele fugiu para a Argentina e, depois da captura do camarada Eichmann no país, para o Paraguai. A partir de 1963, Mengele cruzaria várias vezes a fronteira, visitando Cândido Godói com frequência e sucesso.

As experiências de Mengele no Brasil, reveladas pelo historiador argentino Jorge Camarasa em "Mengele: The Angel of Death in South America" ("Mengele: o anjo da morte na América do Sul"), deram os seus frutos: habitualmente, 1 em cada 80 mulheres grávidas tem gêmeos; em Cândido Godoi, a média é 1 em 5. Não admira, por isso, que o município se promova como "A Capital dos Gêmeos".
Um fenômeno, sem dúvida. M
as um fenômeno com desconfortável paternidade.

Se o historiador argentino tiver razão, haverá ainda motivos para festejar?

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