Ubatuba em foco

A preocupação com o futuro da Santa Casa de Ubatuba torna-se maior e mais grave

Imaginemos que uma pessoa sem conhecimentos técnicos, profissionais, sem experiência e sem o perfil adequado, se proponha a realizar uma complexa operação no cérebro de paciente com traumatismo craniano grave, ou que se decida a pilotar um avião Airbus A320 com 180 passageiros a bordo, unicamente por ter assistido um filme ou lido uma revista sobre esses assuntos. Será que qualquer pessoa de bom senso entregaria seus parentes mais queridos como pacientes nessa cirurgia ou para ser passageiro nesse vôo?
É o que está acontecendo na Santa Casa de Ubatuba, que está sendo dirigida por pessoa que ignora completamente o que é administração hospitalar, não tem formação acadêmica ou profissional necessária em gestão hospitalar, ou de qualquer outra instituição significativa, não tem maturidade de vida, não tem qualquer experiência significativa em administração de qualquer instituição de porte ou complexa e se propõe a gerir uma instituição extremamente complexa como é um hospital, e, mais ainda em uma situação tão crítica como a Santa Casa de Ubatuba.
É absurdo que o Sr. Álvaro M Spínola e Dr. Arthur Chioro (empresa Consaúde) tenham sido contratados e, até se tenha insistido que o Sr. Álvaro permanecesse até setembro de 2007, para que? Para se destruir tudo o que vinha sendo realizado com sucesso, na modernização, organização e profissionalização da Santa Casa, que era a condição de sua salvação?
Fica a grande questão para a população refletir, que é: qual é a real intenção da nomeação dessa pessoa, pois certamente não é o desenvolvimento da Santa Casa, sua profissionalização, ou o bem estar e a segurança da população.
Demonstrando por suas ações seus valores e moral, além de não se comunicar e ignorar o Conselho Gestor da Santa Casa, cuja existência é estabelecida em Lei e na obrigatória pela Contratualização, que é o modelo de convênio, determinado pelo SUS, entre a Prefeitura e a Santa Casa de Ubatuba, procura-se criar obstáculos à ação do Conselho Gestor, ao retirar a sua secretária que dá apoio às suas ações, sem substituição, indicando, novamente, os seus valores morais e como são ignoradas e desrespeitadas as obrigações legais para com o Conselho Gestor, sobre as quais tomará conhecimento pela forma menos agradável...
É possível que, a existência de uma administração da Santa Casa com as características acima, possibilite a essa entidade, que teve sua situação de calamidade pública definida por decreto municipal em 2 de novembro de 2005, cuja situação de calamidade se tornou muitíssimo mais grave atualmente, se recuperar financeiramente, administrativamente ou profissionalmente, para oferecer os serviços em assistência hospitalar adequados que a população necessita e exige? Este é um grande alerta às pessoas que interagem com a atual administração e que se proponham a colaborar com seu futuro...
O pior de tudo isto é que quem mais sofre as conseqüências, como sempre, é a população...


Elias Penteado Leopoldo Guerra
Coordenador do Conselho Gestor da Santa Casa de Ubatuba

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