Editorial

Dedo-duro. Faz sentido

Podem me chamar de dedo-duro. Eu aceito e vou mais longe. Mão-dura, esse seria o adjetivo apropriado. Segunda-feira, oito horas da manhã, é quase impossível escrever, o teclado está gelado, minha mão está gelada, meus dedos estão duros. Duros de frio. Há muitos anos eu não sentia um frio tão intenso em Ubatuba. O aquecimento global não é exatamente uma rua de mão única, se o planeta está esquentando e parece que isso é verdade científica, também estão sendo acentuadas as características das estações. O verão europeu foi digno do Ceará enquanto o inverno no Brasil está trazendo sensação térmica de ponto de congelamento. Conforme havíamos previsto, o acidente com o Airbus da TAM já tem um culpado. O piloto errou. A caixa-preta não mente. Na verdade seria mais apropriado dizer que o piloto foi induzido ao erro. O estado da pista, o fabricante do avião e a TAM ficam devendo essa. Se o reversor está com defeito, o avião não deve voar e ponto final. Três acidentes quase idênticos comprovam a tese, a assimetria das manetes de potência induz o piloto ao erro. Duzentas mortes foram necessárias para o fabricante mudar o manual do avião, se é que vai mudar, afinal de contas não foram europeus que morreram. Os alemães da Airbus fazem juz ao ditado que diz que um alemão é um português que sabe matemática. Sobre a frente política de Ubatuba que pretende destronar Eduardo Cesar e que protagonizou uma das fotos mais estranhas que vi nos últimos tempos, canto um pedacinho de uma velha canção do menestrel Juca Chaves: Lé com lé, cré com cré, um sapato em cada pé...

Sidney Borges

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