Sivam. Pra inglês ver...

Narcotráfico voa livremente na Amazônia

De Jailton de Carvalho em O Globo, hoje:
"Na madrugada do dia 21, após a infindável sucessão de dramas no setor aéreo, o país foi surpreendido por um apagão no Cindacta 4, em Manaus, a base do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam), um projeto de US$ 1,3 bilhão.
O problema aprofundou a crise aérea — que já havia sido agravada devido ao acidente com o avião da TAM e ao colapso do Aeroporto de Congonhas — e pôs em evidência as fragilidades de todo o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), o mais ambicioso projeto de segurança da região ao qual o Sivam é vinculado.
Depois de todo o investimento, o sistema não tem servido nem mesmo para conter o intenso tráfego de pequenos aviões a serviço do tráfico de cocaína entre Brasil, Colômbia, Bolívia, Peru e Suriname.
— Eles não repassam para nós nenhuma informação sobre aeronaves clandestinas. Nunca repassaram — afirma o coordenador de Operações Especiais de Fronteira, delegado da Polícia Federal Mauro Spósito.
Segundo o policial, a frota narcotráfico circula livremente na região. Alguns aviões só são interceptados a partir de denúncias ou de investigações da própria PF. É o mesmo modelo antiquado e ineficaz de combate ao tráfico que existia antes do Sivam.
A promessa original do sistema, centro da primeira crise no governo do ex-presidente Fernando Henrique, era reforçar a vigilância aérea e golpear duramente o comércio da cocaína na região, dependente quase exclusivamente de numerosa frota de pequenos aviões.
As queixas de Spósito são ampliadas por militares que estão em postos de comando na região. Segundo um deles, o Sivam não dispõe de recursos nem para a manutenção de alguns radares. Equipamentos estariam abandonados no meio do mato.
Esse militar, que falou com O GLOBO com a condição de não ter o nome divulgado, diz que os problemas são graves e expõem, de fato, as brechas do sistema de defesa nacional. O Sivam seria uma espécie de quartel-general de proteção da Amazônia em tempos de globalização.
— Não há dinheiro para nada. As estruturas estão sucateadas. Tem radares abandonados no meio do mato. Estou muito preocupado. O Sipam, que era voltado especialmente para a proteção do meio ambiente, está realmente comprometido em relação ao que imaginávamos — afirma o general."

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