Da série: Fidel no telhado

Um ano sem Fidel e sem mudança

José Maria Mayrink no Estadão
Um ano sem Fidel, um ano com Fidel. O afastamento do presidente Fidel Castro, que em 31 de julho de 2006 passou o poder temporariamente a seu irmão, Raúl Castro, provocou angústias e expectativas, mas não mudou a rotina dos cubanos. Todo mundo sabe, em Cuba, que o comandante esteve muito mal, depois da cirurgia que enfrentou 12 meses atrás, mas ninguém se arrisca a fazer qualquer prognóstico. Quem esperava por mudanças nesse período tem agora a certeza de que, se alguma coisa vai ocorrer, não será logo. Na quinta-feira, em discurso para 100 mil pessoas em Camagüey, Raúl prometeu "reformas estruturais" e abrir o país para investimentos externos. Mas não deu detalhes nem fixou prazos.

"Eu achava que Raúl fosse fazer algumas reformas econômicas, mas nada aconteceu", disse Dimas Castellanos, de 64 anos, um dos editores da revista digital Consenso, que com um pequeno grupo de intelectuais defende a social-democracia como alternativa para a revolução de 1959. Cientista político, ele foi demitido do cargo de professor de uma escola de agronomia, em 1992, por ter levado sua proposta a alguns colegas. Apesar de ter atuado na União dos Jovens Comunistas e combatido numa brigada cubana na Etiópia.
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