Editorial

Até agora foi falar, quero ver fazer...

Lula levou. Mais fácil do que as pesquisas indicavam. São dele as batatas. No calor da vitória, Lula disse que a meta a perseguir é o crescimento. Cinco por cento ao ano. É uma meta modesta, precisamos crescer no mínimo sete por cento para tirar o atraso de doze anos de monetarismo rígido. A inflação foi controlada a um preço exageradamente alto. Estamos com as estradas em frangalhos, com os portos em petição de miséria, com a educação capengando e com a dívida interna altíssima. Quase tudo o que é arrecadado pela máquina governamental é dirigido ao pagamento de juros. A dívida em si não é amortizada e continua crescendo de forma assustadora. Para que consigamos sair do marasmo será preciso fazer um acordo com a banca, as tais elites a que Lula tanto se refere e ataca e no calor da noite adula e enche os cofres.
Acontece que a elite não vai gostar de perder a boquinha, vai estrilar. Lula corre o risco de sofrer uma transmutação. De príncipe das esquerdas a sapo barbudo do anacronismo. Cuidado Lula, cuidado com as batatas. Elas poderão ser atiradas em você.

Sidney Borges

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