Sobre a mesmice...

Marketing televisivo

Faltando vinte dias para a eleição não conheço uma única pessoa que tenha mudado a intenção de voto em função da televisão. Os programas que tenho assistido são tecnicamente perfeitos e extremamente pobres em criatividade. Aborrecidos, repetitivos, cansativos, para não dizer chatos. Não há nada de novo no ar. No sábado esteve por aqui o ex-governador Orestes Quércia. Tive a oportunidade de fotografá-lo e de trocar com ele algumas palavras, graças à gentileza do ex-prefeito Pedro Paulo Teixeira Pinto que o recebeu para o café da manhã. Estive lá como convidado. Sobre Quércia, há defensores e detratores que poderiam passar horas tecendo loas ou atirando pedras. Como não me incluo nesses grupos, fico com a liberdade de opinar sobre a campanha que pretende colocar o ex-governador novamente no Palácio do Morumby. Quércia tem um papel relevante no fato do "custo São Paulo" ser dos menores do Brasil, o que torna o Estado extremamente competitivo. Após ser empossado governador, nomeou o jovem economista Frederico Mazzuchelli para a Secretaria do Planejamento. Foi uma escolha feliz. Mazzuchelli soube diagnosticar os problemas que havia e agir para tornar os produtos de São Paulo atraentes, tanto para o mercado interno quanto para exportação. No governo Quércia mais de oito mil quilômetros de estradas vicinais foram asfaltadas. Imagine o leitor o quanto isso facilitou a vida dos produtores rurais. Também no governo Quércia foram criadas hidrovias que hoje escoam a produção de soja dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, levando a mercadoria às ferrovias e aos portos por uma fração do custo do transporte rodoviário. Com apenas essas informações nas mãos eu certamente deixaria os telespectadores pensativos. Hoje eles estão desligando a televisão.

Sidney Borges

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