Editorial

Politiquinha...

Sinceramente não compreendo o raciocínio de certos atores da política nacional. Roberto Jefferson, por exemplo. Ao comentar o dossiê forjado contra Serra, citou o “Caso Lunus”, que como recordam os leitores, sepultou a candidatura de Roseana Sarney à presidência da República. Citou alfinetando Serra, a quem muitos consideram o estopim do escândalo. E quando o fazem, mostram indignação. Eis a duplicidade da alma tupiniquim, tão complexa, tão volúvel. Para quem não se lembra, a Polícia Federal, verificando uma denúncia, invadiu o escritório da empresa Lunus, em São Luiz do Maranhão, empresa ligada à candidata. Se nada de comprometedor fosse encontrado o caso não teria tido repercussão, ou melhor, não haveria caso. Porém, nas diligências, uma montanha de dinheiro sem origem apareceu. Todos sabem que é crime ter um cofre com mais de um milhão de reais sem que a Receita Federal saiba. A denúncia, portanto, tinha fundamento e teve conseqüências. Totalmente diferente da armação contra Serra, que resultou na prisão de Vedoin e de um membro do PT. Essa seguramente foi a armação mais infantil e burra que já vi. Quércia e IstoÉ, que papelão. Pegou mal. Quase eu ia me esquecendo. A verba destinada à compra do dossiê e apreendida pela polícia, um milhão e setecentos mil reais, é grana pra ninguém botar defeito. Seguindo sua origem a polícia vai desvendar a trama. De algum lugar saiu. “Deeep Throat” tinha razão. Follow the money.

Sidney Borges

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