IstoÉ

Prenúncios da farsa

Anteontem e ontem, dois blogs faziam alarde destas belezas de matéria, entrevista e rigor jornalístico da IstoÉ: o Blog do Noblat, que bastante gente lê, e o Blog do Zé Dirceu, que ninguém lê - acho que só os jornalistas o fazem para tentar saber qual é a última do rapaz. Como a gente vê, havia gente trabalhando direitinho. Um petisco já tinha sido oferecido no dia anterior pelo Correio Braziliense, que trazia um texto acusando o ex-ministro Barjas Negri de coisa nenhuma: trata-se de um documento em que o então secretário-executivo pede ao Fundo Nacional de Saúde empenho no convênio. Era sua função. Vendia-se o corriqueiro como escândalo. Barjas fazia as coisas de tal forma às escondidas, que assinava um ofício!!! Não me venham dizer que isso é burrice do jornalismo. É outra coisa. A matéria do Correio é assinada por Gilberto Nascimento, ex-assessor de José Graziano no inexistente Fome Zero. O mesmo documento serve à IstoÉ. Ah, sim: Dirceu não noticiou em seu blog a prisão de Valdebran. A IstoÉ botou a matéria em seu site. Até agora ao menos, não traz a prisão do seu “garoto da capa”.


Conheça um pouco mais Valdebran, este aliado de Lula e Berzoniev

Valdebran Padilha, o petista da mala preta, é um velho conhecido de quem investiga falcatruas. Ele mesmo já foi acusado de participar do esquema dos sanguessugas por Ronildo Pereira Medeiros, sócio dos Vedoin. À Justiça, Ronildo disse que o ex-senador Carlos Bezerra (PMDB) “prometeu facilidades dentro da Fundação Nacional de Saúde, em Mato Grosso, através de Valdebran, da empresa Saneng, o qual teria, por sua vez, indicado Evandro, Superintendente Regional da Saúde, em Mato Grosso”. Pois bem: e o que é a Saneng Saneamento e Construção Ltda? Uma das empresas dos irmãos Padilha - os outros são Valdemir José e Vicente.
A empresa tem uma enorme folha corrida, incluindo 65 títulos protestados em cartório e 13 cheques sem fundo da CEF. Uma auditoria da própria Controladoria Geral da União (CGU), datada de maio de 2006, viu indícios de simulação de competição em licitação em Santa Cruz do Xingu para a construção de uma unidade de saúde. A suspeita envolvia três empresas: V3, Engesan e Saneng. As três pertencem aos três Padilhas!!! Valdebran, como se sabe, foi tesoureiro da campanha de Alexandre César, do PT, à Prefeitura de Cuiabá. Do seu bolso, doou R$ 600 reais ao candidato. Já a Saneng foi menos modesta: R$ 50 mil. (Reinaldo Azevedo)

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