“QUEM TERÁ COMPETÊNCIA?”
Corsino Aliste Mezquita
Madeleine Albright, Secretária de Estado do Governo Clinton, admitiu não estar preparada para administrar a nova realidade apresentada por um mundo dominado por fanatismos religiosos e fundamentalismos.
Se alguém erguido na cúpula da diplomacia mundial e autora do desenvolvimento de processos relevantes, de paz e harmonia entre os povos, admite dificuldades para lidar com fundamentalismos, sectarismos e fanatismos, por considera-los semeadores do atraso e de perturbações sociais, que poderemos pensar e esperar daqueles que, sem a cultura, o espírito plural e o conhecimento da Sra. Secretária de Estado, querem administrar países, estados e municípios, com base em frases e conceitos tirados da Bíblia, do Al-Corão ou das doutrinas de Buda ou Confúcio? Frases e conceitos escritos para outras sociedades, outros tempos e ambientes geográficos? Um exemplo pode ser citado: “A procura da terra prometida”. Que terra será essa?. Quem a prometeu?.
Na trilha dessas idéias é preocupante a frase de Mahmoud Ahmedinejad, presidente do Irã a George W. Bush, presidente dos EUA:
“Nós acreditamos que um retorno aos ensinamentos dos divinos profetas é o único caminho que leva à salvação”.
Quais os profetas que estariam na mente dos redatores dessa carta?. Que tipo de salvação imaginaram?. A salvação que promete céus para uns poucos e infernos para os que não comungam com suas idéias?. Céus e infernos aqui, na Terra, ou na vida futura?.
Entre religião (Igreja, quaisquer que seja) e política (Estado) há uma contradição intrínseca. A religião orienta (ou deve orientar) o ser humano para o transcendente, para o relacionamento com o sobrenatural, para conquistar a felicidade após a morte. Envolvida pelo material, pela ambição do dinheiro e do poder, e pelos prazeres desvia-se de suas finalidades.
Já a política é responsável pela vida econômica, social, saúde, educação, trabalho, transporte, habitação e por suprir todas as necessidades matérias, intelectuais, físicas e psicológicas do ser humano, socialmente organizado. Quando uma domina a outra surge o conflito e o caos.
Observa-se, neste momento histórico, fanatismos religiosos, com características mafiosas, dificultando administrações públicas, com eles envolvidas, por se encontrarem, os ocupantes do poder, despreparadas, intelectual e sociologicamente, para lidar com pastores, apóstolos, profetas, aiatolás e franquias. Esses líderes estão preocupados com, dízimos, casa de luxo para eles morarem, carros importados, fazendas, apartamentos, ações em fábricas, canais de TV, emissoras de rádio, contas em paraísos fiscais, etc.... . A salvação das almas é disfarce necessário. Dominados por fanatismos, esquecem, os agentes políticos, o dispositivo constitucional que, sabiamente, exige a separação entre Igreja e Estado e que, no seu Artigo 19 determina:
“E vedado à UNIÃO, aos ESTADOS, ao DISTRITO FEDERAL e aos MUNICÍPIOS:
I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvenciona-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles e seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público”.
O desrespeito, aos princípios constitucionais, gera conflitos sociais, injustiças, arbitrariedades e perda de respeito para com os ocupantes do poder. Infelizmente, nossa sociedade não lhes cobra esse respeito, se comporta, ante os abusos, como alienada e aceita, seus insultos, “bovinamente mansa”. A fotografia publicada, pela Folha de São Paulo, do Presidente Lula reunido com a chamada “Bancada Evangélica” é prova cabal dessa alienação e tolerância da sociedade brasileira com os abusos dos homens no Poder.(Folha A 10 de 23 de maio de 2006).
Extraordinário observar que algumas dessas supostas igrejas, modernas ou “modernosas”, apresentam-se como evangélicas ou cristãs e não se dão ao luxo, nem aparentemente, de respeitar os princípios fundamentais do “Cristianismo” que, ditados a Moisés, no Monte Sinai, foram por Cristo simplificados: “Amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Se entrarmos no detalhamento perceberemos que: NÃO FURTARÁS, não existe para eles. Como explicar as malas de dinheiro, os helicópteros, os compromissos de campanha, os escândalos atribuídos ao Bispo Rodrigues e de tantos outros de menor peso, volume e divulgação?. Nem por isso, menos perniciosos e desmoralizadores da Religião e da Política.
NÃO LEVANTARÁS FALSO TESTEMUNHO CONTRA TEU PRÓXIMO. Esse preceito não faz parte do código, desses autodenominados evangélicos.
Madeleine Albright tinha razão. É difícil administrar fundamentalismos religiosos misturados com política quando, os integrantes da religião no respeitam os princípios básicos de seu suposto credo e usam, a religião, para conseguir cargos, mordomias, privilégios e, até, para perseguir aqueles que tem cargos efetivos e não comungam com suas idéias; e, os agentes políticos, não cumprem a Constituição do País e não observam a moral e a ética.
Ocorrendo semelhanças, do que acima relatamos, com o que se passa em Ubatuba, será mera coincidência. Caso fenômenos semelhantes estejam ocorrendo seria oportuno um grito de alerta: ACORDA UBATUBA!. Evidentemente ótimo seria, para todos nós, dominassem, em Ubatuba, as idéias de Madeleine Albright e todos respeitássemos o pluralismo político, religioso, de origem, de idéias da nossa sociedade local e, esta, fosse mais cidadã, na defesa de seus direitos.
Madeleine Albright, Secretária de Estado do Governo Clinton, admitiu não estar preparada para administrar a nova realidade apresentada por um mundo dominado por fanatismos religiosos e fundamentalismos.
Se alguém erguido na cúpula da diplomacia mundial e autora do desenvolvimento de processos relevantes, de paz e harmonia entre os povos, admite dificuldades para lidar com fundamentalismos, sectarismos e fanatismos, por considera-los semeadores do atraso e de perturbações sociais, que poderemos pensar e esperar daqueles que, sem a cultura, o espírito plural e o conhecimento da Sra. Secretária de Estado, querem administrar países, estados e municípios, com base em frases e conceitos tirados da Bíblia, do Al-Corão ou das doutrinas de Buda ou Confúcio? Frases e conceitos escritos para outras sociedades, outros tempos e ambientes geográficos? Um exemplo pode ser citado: “A procura da terra prometida”. Que terra será essa?. Quem a prometeu?.
Na trilha dessas idéias é preocupante a frase de Mahmoud Ahmedinejad, presidente do Irã a George W. Bush, presidente dos EUA:
“Nós acreditamos que um retorno aos ensinamentos dos divinos profetas é o único caminho que leva à salvação”.
Quais os profetas que estariam na mente dos redatores dessa carta?. Que tipo de salvação imaginaram?. A salvação que promete céus para uns poucos e infernos para os que não comungam com suas idéias?. Céus e infernos aqui, na Terra, ou na vida futura?.
Entre religião (Igreja, quaisquer que seja) e política (Estado) há uma contradição intrínseca. A religião orienta (ou deve orientar) o ser humano para o transcendente, para o relacionamento com o sobrenatural, para conquistar a felicidade após a morte. Envolvida pelo material, pela ambição do dinheiro e do poder, e pelos prazeres desvia-se de suas finalidades.
Já a política é responsável pela vida econômica, social, saúde, educação, trabalho, transporte, habitação e por suprir todas as necessidades matérias, intelectuais, físicas e psicológicas do ser humano, socialmente organizado. Quando uma domina a outra surge o conflito e o caos.
Observa-se, neste momento histórico, fanatismos religiosos, com características mafiosas, dificultando administrações públicas, com eles envolvidas, por se encontrarem, os ocupantes do poder, despreparadas, intelectual e sociologicamente, para lidar com pastores, apóstolos, profetas, aiatolás e franquias. Esses líderes estão preocupados com, dízimos, casa de luxo para eles morarem, carros importados, fazendas, apartamentos, ações em fábricas, canais de TV, emissoras de rádio, contas em paraísos fiscais, etc.... . A salvação das almas é disfarce necessário. Dominados por fanatismos, esquecem, os agentes políticos, o dispositivo constitucional que, sabiamente, exige a separação entre Igreja e Estado e que, no seu Artigo 19 determina:
“E vedado à UNIÃO, aos ESTADOS, ao DISTRITO FEDERAL e aos MUNICÍPIOS:
I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvenciona-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles e seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público”.
O desrespeito, aos princípios constitucionais, gera conflitos sociais, injustiças, arbitrariedades e perda de respeito para com os ocupantes do poder. Infelizmente, nossa sociedade não lhes cobra esse respeito, se comporta, ante os abusos, como alienada e aceita, seus insultos, “bovinamente mansa”. A fotografia publicada, pela Folha de São Paulo, do Presidente Lula reunido com a chamada “Bancada Evangélica” é prova cabal dessa alienação e tolerância da sociedade brasileira com os abusos dos homens no Poder.(Folha A 10 de 23 de maio de 2006).
Extraordinário observar que algumas dessas supostas igrejas, modernas ou “modernosas”, apresentam-se como evangélicas ou cristãs e não se dão ao luxo, nem aparentemente, de respeitar os princípios fundamentais do “Cristianismo” que, ditados a Moisés, no Monte Sinai, foram por Cristo simplificados: “Amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Se entrarmos no detalhamento perceberemos que: NÃO FURTARÁS, não existe para eles. Como explicar as malas de dinheiro, os helicópteros, os compromissos de campanha, os escândalos atribuídos ao Bispo Rodrigues e de tantos outros de menor peso, volume e divulgação?. Nem por isso, menos perniciosos e desmoralizadores da Religião e da Política.
NÃO LEVANTARÁS FALSO TESTEMUNHO CONTRA TEU PRÓXIMO. Esse preceito não faz parte do código, desses autodenominados evangélicos.
Madeleine Albright tinha razão. É difícil administrar fundamentalismos religiosos misturados com política quando, os integrantes da religião no respeitam os princípios básicos de seu suposto credo e usam, a religião, para conseguir cargos, mordomias, privilégios e, até, para perseguir aqueles que tem cargos efetivos e não comungam com suas idéias; e, os agentes políticos, não cumprem a Constituição do País e não observam a moral e a ética.
Ocorrendo semelhanças, do que acima relatamos, com o que se passa em Ubatuba, será mera coincidência. Caso fenômenos semelhantes estejam ocorrendo seria oportuno um grito de alerta: ACORDA UBATUBA!. Evidentemente ótimo seria, para todos nós, dominassem, em Ubatuba, as idéias de Madeleine Albright e todos respeitássemos o pluralismo político, religioso, de origem, de idéias da nossa sociedade local e, esta, fosse mais cidadã, na defesa de seus direitos.
Comentários