Editorial

Palavras ao vento...

Um verdadeiro tsunami emocional. Assim podemos definir os protestos contra a infeliz proposta do secretário Furukawa: reativar o presídio da Ilha Anchieta. Na verdade ele está apenas fazendo o que os políticos fazem o tempo todo, promessas que não serão cumpridas. A indignação da população é natural e compreensível, se posta em prática a idéia servirá apenas para estragar um dos mais belos pontos do litoral brasileiro. Além do mais, antes de trazer os presos é preciso construir o presídio e isso não se faz da noite para o dia. O secretário está em situação de desespero, foi apanhado colando além de não ter feito o dever de casa. Vai desaparecer do cenário sem deixar saudades. Aqui em Ubatuba começaram as ações que irão resultar no Plano Diretor. O tempo é curto, os trabalhos deveriam ter sido iniciados no início da atual gestão. Na ocasião foi anunciado que um dos secretários se incumbiria da tarefa, o que não aconteceu, sabe-se lá o porquê. Com o fim do prazo se aproximando foi chamada a equipe que elaborou a lei do uso do solo, que em última instância será a espinha dorsal do plano. Ubatuba nesse quesito foi afortunada, os profissionais incumbidos da tarefa são de fato profissionais. Prometem e cumprem. Fogem, portanto, à regra. Em Ubatuba muitos discursos têm sido proferidos. A maioria constituída de meras palavras ao vento.

Sidney Borges

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