É hora de repensar...
Luiz Moura
Sou pela legalidade e em uma cidade onde impera o desmando isto aparenta ser uma intransigência sem sentido. Recebo, via e-mail, constantes críticas ao meu modo (dizem as más línguas que, contundente) de escrever, todas, em razão de uma simples exigência que faço: o cumprimento das leis.
No final da tarde de terça-feira, a contragosto, fui até a praia Grande para verificar uma denúncia anônima sobre o reinício (mais uma vez) das obras embargadas pelo Poder Judiciário. Aquela quantidade descabida de construções, erroneamente nomeadas de quiosques, formando uma verdadeira barreira, desgosta qualquer indivíduo que tenha um mínimo de bom senso. A denúncia, desta vez, não tinha fundamento e minha atenção foi desviada para os "montes" de mesas e cadeiras espalhados ao longo da praia. O tempo estava nublado, ressaltando a feiúra que aquilo emprestava ao local.
A foto acima retrata um dos muitos "montes" de mesas e cadeiras, que são deixados para compor a paisagem, na praia Grande, assim que os "módulos especiais de comércio de praia" encerram suas atividades diárias.
Em um dos "montes" li o número 143 gravado em uma das mesas e pensei: "- Cento e quarenta e três vezes quatro é igual a... Nossa! Qual será o número real de pessoas para o qual cada um desses comerciantes oferecem suas mercadorias e serviços?"
... e tudo começou com a intenção de se acabar com as “feias” barraquinhas.
Lembrei-me de uma "construção" (meia-água, pé direito baixo, coberta com telha de fibrocimento e sem forro), que deve ter sido inspiração do demo, se não foi construída para as badernas do tinhoso. Um comprido barracão, em uma praia fluvial chamada Ponta Negra, em Manaus, no Amazonas, sob um sol escaldante. Embaixo daquela malfadada cobertura, inúmeros "boxes" ofereciam mercadorias e serviços aos visitantes. Não existia separação na área onde ficavam os “clientes”, apenas bateladas de caixas acústicas na divisa entre os "boxes", direcionadas para o lado dos incautos. Em cada "boxe" se ouvia (?) uma música diferente e em altíssimo volume. Este ambiente infernal estava chapado de “clientes”. Coisas do rabudo!
A única solução para a orla da praia Grande, se não quisermos ver suas condições piorarem a cada dia, é repensarmos a utilização comercial naquele espaço público. Com a mente aberta, sem privilégios, implantarmos um moderno e sustentável projeto que beneficie a todos (moradores locais, visitantes e permissionários), indistintamente.
Foto: Luiz Moura
Sou pela legalidade e em uma cidade onde impera o desmando isto aparenta ser uma intransigência sem sentido. Recebo, via e-mail, constantes críticas ao meu modo (dizem as más línguas que, contundente) de escrever, todas, em razão de uma simples exigência que faço: o cumprimento das leis.
No final da tarde de terça-feira, a contragosto, fui até a praia Grande para verificar uma denúncia anônima sobre o reinício (mais uma vez) das obras embargadas pelo Poder Judiciário. Aquela quantidade descabida de construções, erroneamente nomeadas de quiosques, formando uma verdadeira barreira, desgosta qualquer indivíduo que tenha um mínimo de bom senso. A denúncia, desta vez, não tinha fundamento e minha atenção foi desviada para os "montes" de mesas e cadeiras espalhados ao longo da praia. O tempo estava nublado, ressaltando a feiúra que aquilo emprestava ao local.
A foto acima retrata um dos muitos "montes" de mesas e cadeiras, que são deixados para compor a paisagem, na praia Grande, assim que os "módulos especiais de comércio de praia" encerram suas atividades diárias.
Em um dos "montes" li o número 143 gravado em uma das mesas e pensei: "- Cento e quarenta e três vezes quatro é igual a... Nossa! Qual será o número real de pessoas para o qual cada um desses comerciantes oferecem suas mercadorias e serviços?"
... e tudo começou com a intenção de se acabar com as “feias” barraquinhas.
Lembrei-me de uma "construção" (meia-água, pé direito baixo, coberta com telha de fibrocimento e sem forro), que deve ter sido inspiração do demo, se não foi construída para as badernas do tinhoso. Um comprido barracão, em uma praia fluvial chamada Ponta Negra, em Manaus, no Amazonas, sob um sol escaldante. Embaixo daquela malfadada cobertura, inúmeros "boxes" ofereciam mercadorias e serviços aos visitantes. Não existia separação na área onde ficavam os “clientes”, apenas bateladas de caixas acústicas na divisa entre os "boxes", direcionadas para o lado dos incautos. Em cada "boxe" se ouvia (?) uma música diferente e em altíssimo volume. Este ambiente infernal estava chapado de “clientes”. Coisas do rabudo!
A única solução para a orla da praia Grande, se não quisermos ver suas condições piorarem a cada dia, é repensarmos a utilização comercial naquele espaço público. Com a mente aberta, sem privilégios, implantarmos um moderno e sustentável projeto que beneficie a todos (moradores locais, visitantes e permissionários), indistintamente.
Foto: Luiz Moura
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