História mal contada
Cadê as provas da tortura contra Paula Oliveira?
por Paulo Moreira Leite (Clique aqui e leia o original)
Para ser sincero, não estou impressionado com a reação da polícia suiça diante da denúncia de Paula Oliveira, advogada torturada por três neo-nazistas na última segunda-feira. Os policiais do mundo inteiro são parecidos: não querem problemas nem dificuldades. Se provarem que nada aconteceu, será uma dor de cabeça a menos. Se conseguirem argumentos para dizer que a história de Paula Oliveira não se sustenta, ganharão uma medalha.
É um comportamento inaceitável mas é assim mesmo, como ensina o caso de Jean Charles, executado pela polícia inglesa num metrô de Londres.
Os atentados racistas cresceram 30% entre 2006 e 2007 na Suiça. Isso não aconteceria se essa questão fosse uma prioridade para as autoridades, certo?
O que eu estranho é a demora na produção de provas que irão garantir os direitos de Paula Oliveira. Isso só ajuda a esvaziar o caso. Acho que seus familiares e mesmo o Itamaraty estão lentos demais. Cadê os laudos médicos sobre as agressões, os cortes com estilete? Onde estão os exames sobre o aborto de dois gêmeos ocorrido logo depois da violência? Aonde foi parar aquela testemunha que avisou a polícia? O que diz a mãe com quem Paula conversava no Brasil: ouviu gritos, ameças?
Me parece muito provável que Paula Oliveira será obrigada a encontrar provas para contar sua história. A impressão é que a polícia suiça não tem o menor interesse em fazer isso. Neste caso, seria bom andar rápido.
por Paulo Moreira Leite (Clique aqui e leia o original)
Para ser sincero, não estou impressionado com a reação da polícia suiça diante da denúncia de Paula Oliveira, advogada torturada por três neo-nazistas na última segunda-feira. Os policiais do mundo inteiro são parecidos: não querem problemas nem dificuldades. Se provarem que nada aconteceu, será uma dor de cabeça a menos. Se conseguirem argumentos para dizer que a história de Paula Oliveira não se sustenta, ganharão uma medalha.
É um comportamento inaceitável mas é assim mesmo, como ensina o caso de Jean Charles, executado pela polícia inglesa num metrô de Londres.
Os atentados racistas cresceram 30% entre 2006 e 2007 na Suiça. Isso não aconteceria se essa questão fosse uma prioridade para as autoridades, certo?
O que eu estranho é a demora na produção de provas que irão garantir os direitos de Paula Oliveira. Isso só ajuda a esvaziar o caso. Acho que seus familiares e mesmo o Itamaraty estão lentos demais. Cadê os laudos médicos sobre as agressões, os cortes com estilete? Onde estão os exames sobre o aborto de dois gêmeos ocorrido logo depois da violência? Aonde foi parar aquela testemunha que avisou a polícia? O que diz a mãe com quem Paula conversava no Brasil: ouviu gritos, ameças?
Me parece muito provável que Paula Oliveira será obrigada a encontrar provas para contar sua história. A impressão é que a polícia suiça não tem o menor interesse em fazer isso. Neste caso, seria bom andar rápido.
Comentários
Se for verdade q um perito independente de uma Universidade Suiça constatou nela não haver vestígio de gravidez, então, ou é coisa de cabeça de vento (sem crânio) ou é 171 pra boi dormir?!
Há muito tempo q os europeus e outros não nos levam a sério. É a praga lançada por um ex-presidente da França.