Ubatuba e o sonho
Todos querem ser prefeito
Sidney Borges
Se você perguntar dirão que não, mas provavelmente a mão escondida estará fazendo figa. Em Ubatuba há pelo menos 10 candidatos à sucessão de Eduardo Cesar, imagino que até o próprio esteja torcendo para que aconteça o terceiro mandato de Lula e ele possa se candidatar mais uma vez. Sonhar é permitido, mas sabemos que só um ocupará a sonhada cadeira. Fica uma sugestão aos prefeitáveis, existe um bairro sem cidade em São Paulo. É só mudar-se para lá, fundar a cidade e fazer campanha prometendo resolver os problemas da saúde e da educação. Com as bençãos de Jesus. Quem sabe funcione. Leia a matéria do Estadão:
Um bairro que ficou sem cidade
Mudança de curso do Tietê ocorreu nos anos 70, mas até hoje nem SP nem Guarulhos querem a União de Vila Nova
Naiana Oscar
Os moradores do bairro União de Vila Nova, na zona leste de São Paulo, não têm prefeito. Quando recorrem à Subprefeitura de São Miguel Paulista saem de lá sem as reivindicações atendidas porque o lugar pertenceria ao município de Guarulhos, que, por sua vez, desconhece a existência dessa comunidade. Confusos e sem saber de quem cobrar melhorias, os moradores criaram uma comissão para estudar a possibilidade de fazer um plebiscito e definir sua localização.
A dúvida sobre a quem pertence a região, que abriga cerca de 32 mil habitantes, surgiu na retificação do leito do Rio Tietê, concluída na década de 70. É o Tietê que, naquele trecho, estabelece o limite entre os dois municípios. Com a mudança do leito, uma porção de terra que ficava do lado de Guarulhos passou para o território paulistano. Na época das obras, o terreno ainda estava vazio. Mas, na década seguinte, teve início ali uma ocupação irregular. Em 1998, a já constituída Favela União de Vila Nova entrou no programa estadual de urbanização da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU).
Em 2007, com a área recebendo investimento pesado do Estado, a Subprefeitura de São Miguel Paulista passou a olhar diferente para aquela população. "Quando era ocupação, ninguém queria aquilo. Mas agora vai pagar IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e quando se fala em receita eu quero pra mim", afirma Décio Ventura, ex-subprefeito da São Miguel e hoje prefeito de Ilha Comprida. Foi ele quem levantou a polêmica da "terra de ninguém" e, sem cobrar imposto, passou a negar ao bairro serviços municipais. "Não podemos atuar lá, porque a divisa é o leito seco do rio", disse. "Às vezes, eu conseguia fazer alguma coisa por eles, mas escondido."
De lá para cá, nas poucas vezes em que foram atendidos pela subprefeitura, os moradores contam que os funcionários fizeram o serviço como um favor. "Nossas ruas já estão sendo pavimentadas e não temos varrição nem coleta decente. Quando fazem é cavalheirismo", observa o presidente da comissão de urbanização do Projeto Pantanal, Wellington Bezerra.
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Sidney Borges
Se você perguntar dirão que não, mas provavelmente a mão escondida estará fazendo figa. Em Ubatuba há pelo menos 10 candidatos à sucessão de Eduardo Cesar, imagino que até o próprio esteja torcendo para que aconteça o terceiro mandato de Lula e ele possa se candidatar mais uma vez. Sonhar é permitido, mas sabemos que só um ocupará a sonhada cadeira. Fica uma sugestão aos prefeitáveis, existe um bairro sem cidade em São Paulo. É só mudar-se para lá, fundar a cidade e fazer campanha prometendo resolver os problemas da saúde e da educação. Com as bençãos de Jesus. Quem sabe funcione. Leia a matéria do Estadão:
Um bairro que ficou sem cidade
Mudança de curso do Tietê ocorreu nos anos 70, mas até hoje nem SP nem Guarulhos querem a União de Vila Nova
Naiana Oscar
Os moradores do bairro União de Vila Nova, na zona leste de São Paulo, não têm prefeito. Quando recorrem à Subprefeitura de São Miguel Paulista saem de lá sem as reivindicações atendidas porque o lugar pertenceria ao município de Guarulhos, que, por sua vez, desconhece a existência dessa comunidade. Confusos e sem saber de quem cobrar melhorias, os moradores criaram uma comissão para estudar a possibilidade de fazer um plebiscito e definir sua localização.
A dúvida sobre a quem pertence a região, que abriga cerca de 32 mil habitantes, surgiu na retificação do leito do Rio Tietê, concluída na década de 70. É o Tietê que, naquele trecho, estabelece o limite entre os dois municípios. Com a mudança do leito, uma porção de terra que ficava do lado de Guarulhos passou para o território paulistano. Na época das obras, o terreno ainda estava vazio. Mas, na década seguinte, teve início ali uma ocupação irregular. Em 1998, a já constituída Favela União de Vila Nova entrou no programa estadual de urbanização da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU).
Em 2007, com a área recebendo investimento pesado do Estado, a Subprefeitura de São Miguel Paulista passou a olhar diferente para aquela população. "Quando era ocupação, ninguém queria aquilo. Mas agora vai pagar IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e quando se fala em receita eu quero pra mim", afirma Décio Ventura, ex-subprefeito da São Miguel e hoje prefeito de Ilha Comprida. Foi ele quem levantou a polêmica da "terra de ninguém" e, sem cobrar imposto, passou a negar ao bairro serviços municipais. "Não podemos atuar lá, porque a divisa é o leito seco do rio", disse. "Às vezes, eu conseguia fazer alguma coisa por eles, mas escondido."
De lá para cá, nas poucas vezes em que foram atendidos pela subprefeitura, os moradores contam que os funcionários fizeram o serviço como um favor. "Nossas ruas já estão sendo pavimentadas e não temos varrição nem coleta decente. Quando fazem é cavalheirismo", observa o presidente da comissão de urbanização do Projeto Pantanal, Wellington Bezerra.
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