Opinião
Obama inicia a campanha
Editorial do Estadão
Com a adesão da presidenciável Hillary Clinton à indicação do rival Barack Obama como candidato do Partido Democrata à Casa Branca, iniciou-se efetivamente a disputa pela cadeira do presidente George W. Bush nas eleições de novembro. Até agora, o republicano John McCain podia se dar ao luxo de jogar sem adversário, enquanto os dois pré-candidatos democratas cuidavam exclusivamente de obter a vitória que já há algum tempo só Hillary não admitia que já era de Barak Obama. Ontem mesmo, 48 horas depois de ela conclamar seus eleitores ainda relutantes a unir forças com o adversário vitorioso nas prévias de sua agremiação, e 6 dias depois de se consumar o confronto de 17 meses entre eles, considerado "épico" pela imprensa americana -, o primeiro negro a disputar com chances a presidência dos Estados Unidos deu a partida à sua campanha.
Ele começou fazendo ao mesmo tempo o inevitável e o inesperado. O inevitável é capitalizar o sombrio panorama econômico instalado nestas últimas semanas com a alta desenfreada dos preços do petróleo e também dos alimentos, que deixa em segundo plano, por enquanto, a guerra no Iraque. Não poderia ser de outra forma num quadro em que o desemprego voltou a aumentar no país, o consumo continua a se retrair na esteira da crise do sistema hipotecário, a alta explosiva do preço da gasolina pela primeira vez atinge duramente os orçamentos familiares e desaparecem os sinais que até recentemente vinham se multiplicando de que o perigo da recessão era cada vez menor. Mas a aflição nacional com a economia serve a Obama de outra forma ainda, além de lhe dar a bandeira que em toda parte os candidatos oposicionistas erguem quando as contas de grande parcela da população não fecham no fim do mês.
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Editorial do Estadão
Com a adesão da presidenciável Hillary Clinton à indicação do rival Barack Obama como candidato do Partido Democrata à Casa Branca, iniciou-se efetivamente a disputa pela cadeira do presidente George W. Bush nas eleições de novembro. Até agora, o republicano John McCain podia se dar ao luxo de jogar sem adversário, enquanto os dois pré-candidatos democratas cuidavam exclusivamente de obter a vitória que já há algum tempo só Hillary não admitia que já era de Barak Obama. Ontem mesmo, 48 horas depois de ela conclamar seus eleitores ainda relutantes a unir forças com o adversário vitorioso nas prévias de sua agremiação, e 6 dias depois de se consumar o confronto de 17 meses entre eles, considerado "épico" pela imprensa americana -, o primeiro negro a disputar com chances a presidência dos Estados Unidos deu a partida à sua campanha.
Ele começou fazendo ao mesmo tempo o inevitável e o inesperado. O inevitável é capitalizar o sombrio panorama econômico instalado nestas últimas semanas com a alta desenfreada dos preços do petróleo e também dos alimentos, que deixa em segundo plano, por enquanto, a guerra no Iraque. Não poderia ser de outra forma num quadro em que o desemprego voltou a aumentar no país, o consumo continua a se retrair na esteira da crise do sistema hipotecário, a alta explosiva do preço da gasolina pela primeira vez atinge duramente os orçamentos familiares e desaparecem os sinais que até recentemente vinham se multiplicando de que o perigo da recessão era cada vez menor. Mas a aflição nacional com a economia serve a Obama de outra forma ainda, além de lhe dar a bandeira que em toda parte os candidatos oposicionistas erguem quando as contas de grande parcela da população não fecham no fim do mês.
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