Universo

O mundo do infinitamente pequeno

Sidney Borges
O átomo é cerca de 10.000 a 100.000 vezes maior que seu núcleo, o qual concentra a maior parte da massa atômica. Se a circunferência média de um átomo fosse semelhante à do Maracanã, o núcleo seria do tamanho de uma bola de tênis e os elétrons, quais borrachudos alucinados, zumbiriam celeremente em altíssima velocidade pelas bordas das arquibancadas. Entre o núcleo e os elétrons, um imenso vazio. Se o núcleo de um átomo tivesse as dimensões de um grão de areia, os elétrons, em média, estariam volteando ao seu redor a cem metros de distância e se esse mesmo átomo tivesse um centímetro de raio, isto é fosse uma bolinha igual àquelas dos rolamentos, seu núcleo pesaria 800 bilhões de quilogramas, igual a um arranha-céu. Como nós somos feitos de átomos, na verdade somos feitos de vazios e de matéria, muito mais de vazios, portanto não é nenhum demérito ser chamado de vazio. Agora imagine o que aconteceria se alguém comprimisse a Terra e eliminasse os vazios, colocando juntinhos núcleos e elétrons. O planeta encolheria para as dimensões de uma bola de alguns metros de diâmetro, mas conservaria o peso. É o que acontece com as estrelas de nêutrons, pequenas, mas massudas. Um cubo de um centímetro de aresta feito de material colhido de uma estrela de nêutrons pesa milhares de toneladas. No espaço há asteróides de ouro, quem sabe caia um por perto. Seria a salvação da lavoura. Desde que não caia sobre a cabeça de ninguém. Aí seria uma tragédia. Sou contra isso.

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