Opinião

Há futuro para a juventude?

Luís Norberto Pascoal e Mozart Neves Ramos
Dados da Meta 4 do movimento Todos Pela Educação mostram que apenas 37,9% dos jovens brasileiros de 19 anos concluem o ensino médio. Dessa parcela, já muito pequena, a maioria atinge, nesse momento, o teto de suas possibilidades de formação escolar e profissional. Sem emprego ou oportunidades de trabalho, muitos desses jovens caem numa espécie de ociosidade precoce. Tornam-se, não raro, presa fácil para o tráfico de drogas e o crime organizado.

Esse quadro pode parecer assustador, mas é a realidade com que nos deparamos atualmente. A educação oferecida à juventude brasileira não tem sido capaz de apresentar uma perspectiva real de futuro a seus cidadãos que ingressam na vida adulta. Esse é um problema prioritário, que temos, como sociedade, a responsabilidade de ajudar a resolver. É urgente devolver ao jovem o direito de sonhar; um direito que lhe tem sido roubado.
Os jovens vêm tentando nos dizer, das mais diversas maneiras - como em recentemente pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e pelo Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais (Instituto Pólis) -, que a educação ocupa o primeiro lugar entre as suas preocupações. Em seis países sul-americanos - Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai - o problema é igual e os jovens demandam uma educação pública de qualidade, que seja inclusiva e forneça qualificação profissional, propiciando a conquista de melhores oportunidades de trabalho.
Para que essa necessidade seja atendida é crucial, na visão dos próprios jovens, a continuidade da formação escolar, que não pode parar no ensino fundamental e deve ter seqüência com o acesso ao ensino médio, a cursos técnico-profissionais e, se possível, ao ensino superior. De acordo com o estudo, ''os jovens querem uma escola que caiba na vida''.
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