Tragédia

tragédia de congonhas
Reclamação sobre pista escorregadia


De O Globo, hoje:
"O secretário-executivo da Federação Brasileira de Controladores de Tráfego Aéreo, Carlos Sterchele, afirmou ontem que a torre de controle do Aeroporto de Congonhas recebeu no domingo, dia da primeira chuva após a entrega das obras, pelo menos dez queixas de pilotos sobre a pista estar escorregadia. Segundo ele, as reclamações foram anotadas num livro de ocorrências, mantido na torre. Ele disse que a Infraero e o comando de Tráfego Aéreo não levaram em conta os alertas.
Na segunda-feira, mesmo com os pedidos dos controladores para uma medição das condições da pista, que não foi atendido, a aeronave da empresa Pantanal derrapou por causa do excesso de água, interditando o aeroporto. O problema, disse Sterchele, é que a pista principal foi liberada sem as ranhuras que impediriam aquaplanagem.
Tanto o superintendente de Engenharia da Infraero, Armando Schneider, quanto o chefe do Cenipa, brigadeiro Kersul Filho, negaram ter conhecimento das reclamações dos pilotos e controladores sobre os problemas de água na pista. A Infraero informou ontem que o grooving (as ranhuras) só pode ser feito após 30 dias de maturação da pista, prevista o fim deste mês.
A estatal informou que o caso está sendo analisado pela Aeronáutica e que, após o incidente com o avião da Pantanal, ocorreram outras 108 decolagens na mesma pista sem o registro de problemas, à exceção do acidente com o Airbus da TAM.
— Essa pista não está em condições de uso em dias de chuva. Os pilotos relataram que não conseguiam fazer a frenagem a partir de um certo ponto da pista — disse Sterchele, acrescentando que os relatórios feitos pelos controladores sobre as condições da pista de Congonhas "eram rasgados" pelos superiores e, por isso, Schneider e o brigadeiro Kersul não tiveram acesso aos relatos.
De O Globo:
"— Será que vai ser preciso morrer gente para interditarem esta pista?
Essa foi a pergunta que se fez um piloto da Ponte Aérea Rio-São Paulo, que pousou anteontem no Aeroporto de Congonhas, horas antes do acidente com o Airbus-320 da TAM. Para esse piloto, a frase não pode ser considerada uma premonição, mas somente a constatação de que o Aeroporto de Congonhas vem $além de seu limite.
— O piloto do Airbus pode ter tomado alguma decisão equivocada, mas, com certeza, se o grooving (ranhuras na pista que ajudam nas aterrissagens dos aviões e no escoamento da água da chuva) tivesse sido concluído, o acidente teria sido evitado. Ontem, não era só eu. Todos estavam comentando que as condições da pista eram péssimas --- disse ele." Leia mais em O Globo
"O comandante Kleyber Lima, cearense de 54 anos, que pilotava o Airbus A-320 que caiu em Congonhas, tinha mais de vinte anos de experiência e, segundo sua família, costumava fazer críticas à pista do aeroporto. Ele se queixava da extensão da pista e dizia que ela era curta para aeronaves do porte de um Airbus A-320, modelo que pilotava há cerca de seis anos. Segundo relatos da família, Kleyber dizia que era necessário utilizar praticamente toda a pista para concluir uma aterrissagem segura. Pelo mesmo motivo, criticava o aeroporto Santos Dumont, no Rio. Ele comentava que, por ser pequena, diante de qualquer erro do comandante uma aeronave pode parar no mar, que margeia a cabeceira da pista." Leia mais em O Globo (Fonte: Blog do Noblat)

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