Manchetes do dia

Quarta-feira, 18 / 07 / 2007

Folha de São Paulo
"Airbus da TAM com 176 atravessa via, bate e explode em Congonhas"
Aeronave vinda de Porto Alegre, se choca contra prédio em que trabalhavam cerca de cem pessoas. No pior acidente da história da aviação brasileira, um Airbus A320 da TAM com 176 pessoas a bordo - 170 passageiros e seis tripulantes - atravessou duas pistas da avenida Washington Luís quando tentava aterrissar, às 18h50, no aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo). A aeronave explodiu ao se chocar contra um prédio da própria companhia.(...) Comandante dos bombeiros estima 200 mortos.(...)
O maior acidente da história da aviação brasileira, menos de dez meses depois do anterior, gerou um empurra-empurra no governo, e a Aeronáutica simplesmente decidiu se auto-excluir do gabinete de crise montado em São Paulo e formado por Infraero (estatal responsável pelos aeroportos), Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e a TAM, dona do Boeing acidentado. "Não houve nenhuma participação do controle de tráfego aéreo no evento [acidente]. É uma questão para a Infraero, a Anac e a TAM, e nós não temos nada a fazer nesse gerenciamento, a não ser que sejamos chamados", disse ontem o diretor-geral do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), brigadeiro Ramon Borges Cardoso. (...)
'Surgiu um clarão que parecia fim do mundo' - Eram 18h49. Marcelus Fozatti, 30, olhou para o relógio e saiu para abrir o portão de casa a um amigo. Estava bem de frente para o local da tragédia, a menos de cem metros dela. Em um minuto, ele viu um clarão de arder os olhos subindo e ouviu um estrondo que parecia de pólvora. Muita pólvora. "Nem sabia o que havia ocorrido. Mas entrei voando e liguei para os bombeiros. Foi minha primeira reação. Em poucos minutos, eles chegaram com muitas viaturas", conta. "Quando ia me dirigindo ao local, encontrei pessoas correndo no sentido contrário, gritando, falando sobre o acidente. Tentei chegar até o local para ver. Mas não tive coragem. Travei. Voltei para trás no meio do caminho." (...)


O Globo
"Nova tragédia põe em xeque a segurança área no Brasil"
Menos de um ano depois da maior tragédia aérea da História do Brasil, com o país ainda vivendo os efeitos da queda do Boeing da Gol, um novo desastre, com pelo menos 187 mortos, põe em xeque a segurança dos vôos no país. Um Airbus A320 da TAM tentou pousar sem sucesso ás 18h50m de ontem na pista do Aeroporto de Congonhas (SP), debaixo de forte chuva, arremeteu e espatifou-se do outro lado da Avenida Washington Luís no prédio da TAM Express, que fica em frente ao terminal principal do aeroporto. Foi atingido também um posto de gasolina. O vôo 3054 havia saído de Porto Alegre com 175 pessoas a bordo - 155 passageiros, 6 tripulantes e 14 funcionários da TAM. Até as 22h, os bombeiros nem sequer haviam conseguido se aproximar do avião. Eles acreditavam que não haveria sobreviventes entre as pessoas que estavam a bordo. Do avião, só restou a cauda; o restante da fuselagem derreteu. Doze corpos já haviam sido retirados do prédio, onde se estima que havia de 100 a 200 pessoas no momento do acidente. Segundo relatos enviados à Infraero, o piloto tentou falar com a torre, mas os controladores não entenderam. Na véspera, um avião bem menor e mais leve, da Pantanal Linhas Aéreas, já tinha deslizado na mesma pista, que passou por uma reforma justamente para evitar este problema. As obras de reforma, entregues há duas semanas, não foram devidamente concluídas: faltaram as ranhuras na pista que ajudam nas aterrissagens e no escoamento da água da chuva. Um piloto da TAM, que pediu para não ser identificado, disse não saber como a Infraero certificou a utilização da pista sem as condições mínimas de uso. O presidente Lula convocou reunião de emergência em Brasília.

O Estado de São Paulo

"Avião explode e mata 176 em Congonhas"
Um Airbus A-320 da TAM com 176 pessoas a bordo não conseguiu pousar na pista principal do Aeroporto de Congonhas, no início da noite de ontem, passou por cima da Av. Washington Luís e atingiu um depósito da própria TAM. Até as 22h não havia notícia de sobreviventes entre os ocupantes do avião, o que transforma o acidente no maior da aviação brasileira. Pelo menos 12 pessoas teriam morrido no depósito. Avião e prédio foram envolvidos em chamas. O Airbus fazia o vôo JJ3054, que havia saído de Porto Alegre. Chovia e, pouco antes, a torre de controle de Congonhas havia pedido medição da lâmina d'água na pista. Recebeu a informação de que "estava operacional". Foi o terceiro acidente ocorrido no aeroporto em menos de 48 horas.

Jornal do Brasil
"A mais anunciada das tragédias"
O vôo JJ 3054 da TAM, que partiu de Porto Alegre, às 17h16, com destino a Congonhas protagonizou o maior acidente da história da aviação brasileira. Derrapou na aterrissagem, cruzou uma avenida e explodiu ao bater no prédio da companhia aérea, onde trabalhavam cerca de 30 funcionários. Cinco minutos antes do acidente, um piloto informou ter ouvido a torre solicitar à Infraero que verificasse se a pista tinha condições de pouso. Na segunda-feira, primeiro dia de chuva constante depois da reforma das pistas, uma aeronave da Pantanal com 21 passageiros derrapou e foi parar na grama. A reforma, que custou R$ 20 milhões aos cofres públicos, não deixou as pistas menos perigosas. Em fevereiro, após uma série de incidentes na pista, a Justiça paulista tentou interditar o aeroporto, mas o ministro da Defesa, Waldir Pires, insistia na tese de que "não havia razões sérias para isso" e que derrapagens são comuns em qualquer lugar do mundo. Os bombeiros, até as 22h30, resgataram pelo menos 12 corpos dos escombros.

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