Crise aérea

Aeronáutica reforça hipótese de falha mecânica

De O Globo, hoje:
A possibilidade de o acidente com o Airbus A-320 da TAM ter sido causado por falha mecânica foi reforçada ontem por novas análises técnicas feitas pela Aeronáutica. Ficou confirmado ontem, após investigações detalhadas na pista, que o avião derivou para a esquerda antes da tragédia. Segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão central de apurações da Aeronáutica, a falha pode ter sido desde a quebra de um reverso ou um superaquecimentos dos freios até mesmo um pneu mal calibrado.
— Por alguma razão, o avião não manteve a linha central. Por alguma razão, a aeronave realmente derivou para a esquerda. Inicialmente, em uma derivação leve e, depois, mais forte. Mais que as imagens gravadas na pista, temos dados concretos, obtidos na pista, que mostram que houve essa derivação à esquerda — disse o chefe do Cenipa, brigadeiro Jorge Kersul Filho.
São muitas as possíveis causas dessa guinada da aeronave para a esquerda, de acordo com o brigadeiro Kersul. A mais cogitada é que tenha ocorrido um defeito no reverso direito. Esse tipo de defeito pode dificultar a frenagem em pista molhada. Após notar o possível defeito, o piloto não teria tido tempo suficiente para arremeter o avião, porque estaria em velocidade superior à média dos demais." Leia mais em O Globo
"O reverso direito do Airbus A320 da TAM não abriu no pouso trágico em Congonhas porque estava travado. A informação foi admitida pela empresa, que alegou que esse não era um item obrigatório para a aterrisagem. Fontes do setor aeronáutico ouvidas pelo GLOBO, no entanto, afirmam que o uso do reverso (um equipamento que inverte a pressão da turbina) ajudaria a fixar o pneu do avião no solo, especialmente numa pista curta, sem ranhuras e em dia de chuva.
Um dos especialistas disse acreditar que o reverso direito já saiu travado ("pinado", no jargão aeronáutico) de Porto Alegre, provavelmente por decisão da manutenção. O piloto de uma outra grande companhia aérea disse que, embora não seja um item obrigatório, a sua empresa veta o pouso das aeronaves com reversos travados no Aeroporto de Congonhas, por causa da extensão da pista. Outro especialista, com 43 anos de experiência em vôos e mais de mil pousos em Congonhas, disse que, sabendo da condição do reverso direito, o piloto tomou suas decisões baseado nessa situação.
Na entrevista da TAM anteontem, o vice-presidente técnico da companhia, Ruy Amparo, quando perguntado se o problema poderia ser semelhante ao ocorrido com o Fokker 100 da empresa que caiu em 1996, também em Congonhas, matando 99 pessoas, respondeu:
— O reverso direito estava travado em condições previstas dentro das normas desse tipo de avião e não coloca qualquer obstáculo ao pouso previsto em Congonhas." (Do Blog do Noblat)

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