Manchetes do dia

Quinta-feira, 19 / 07 / 2007

Folha de São Paulo
"Mortes de tragédia chegam a 192; Infraero cogita falha mecânica"
Pelo menos 192 pessoas morreram no acidente com o Airbus da TAM em Congonhas. Os mortos são os 186 ocupantes do avião - na véspera, a empresa informara 176 - e seis no solo. Há três desaparecidos. Até ontem à noite, 177 corpos foram resgatados. Mais três pessoas morreram em hospitais. O aeroporto foi reaberto pela manhã, 12 horas depois do desastre.


O Globo
"Infraero, Anac, Decea, Cindacta, FAB... e não se sabe o que houve"
Uma extensa burocracia, representada por uma sopa de letras das siglas de mais de dez órgãos oficiais, não foi capaz ontem de apontar na mesma direção na investigação das causas da maior tragédia da aviação brasileira. O mesmo já acontecia com o acidente da Gol, ano passado. As principais autoridades, a começar pelo presidente Lula e o ministro Waldir Pires, não apareceram em público. O presidente da Anac, a agência que regula o setor e autorizou a utilização desordenada de Congonhas, Milton Zuanazzi, sumiu e só fala através de nota oficial. O presidente da Infraero, José Carlos Pereira, tampouco apareceu. O chefe do Centro de Investigação da Aeronáutica (Cenipa), brigadeiro Kersul Filho, disse ser pouco provável que o excesso de água na pista tenha causado o acidente - mas os pilotos insistem nisso. As hipóteses de falha humana ou mecânica estão sendo consideradas, segundo ele, porque o avião estava acelerando, ao invés de frear, ao pousar. O Ministério Público pediu o fechamento de Congonhas. No vácuo de autoridades, um trabalho não parou: a contagem dos mortos. Já foram retirados 179 corpos, mas o número exato deve passar de 200.


O Estado de São Paulo
"181 corpos retirados; MP pede fechamento de Congonhas"
Depois da maior tragédia da aviação brasileira, o Ministério Público Federal pediu à Justiça a interdição de Congonhas, até a conclusão das investigações sobre o acidente com o Airbus da TAM. Procuradores alegam que o fechamento do aeroporto é crucial para garantir a segurança de passageiros, funcionários de companhias aéreas e moradores da área do aeroporto. Antes mesmo de decisão judicial, a Aeronáutica decidiu manter interditada a pista principal até amanhã. A TAM informou ontem que havia 186 pessoas no Airbus, e não 176 como informara na véspera. Até o início da noite, 181 corpos tinham sido retirados dos escombros do prédio da própria TAM atingido pelo avião. Além de passageiros e tripulantes, morreram pelo menos duas pessoas que estavam no edifício. O governador José Serra disse que vai pedir ao governo federal a redução do número de vôos em Congonhas. O presidente Lula informou a auxiliares que pretende afastar a cúpula da Infraero; ele não vê ligação entre o acidente e a crise aérea.


Jornal do Brasil
"Vidas roubadas pelo descaso"
A dignidade das vítimas do acidente com o Airbus da TAM e seus parentes continua sob escombros. Autoridades aeronáuticas e a companhia aérea passaram o dia num exercício intensivo, que começou de madrugada com as famílias dos mortos, de protelar explicações. De real, só a dor da perda. E o silêncio dos que acompanhavam o trabalho de resgate, numa reverência aos que ainda estavam soterrados em meio a ferragens e concreto. Enquanto corpos eram recolhidos, dezenas de aviões voltaram a decolar normalmente de Congonhas, sobrevoando a memória dos que padeceram na maior tragédia aérea do país. Com frieza em relação à vida, parlamentares aproveitaram para politizar as investigações.

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