Voam penas no ninho...

Divergências internas marcam início de campanha tucana

Por Catia Seabra, na Folha:
"Um violento choque na área de comunicação trouxe à tona uma disputa no comando da campanha do tucano Geraldo Alckmin à Presidência da República: a de São Paulo versus Brasília. Contrariado com a contratação do sociólogo Antônio Lavareda para análise de pesquisas de opinião sobre o desempenho do candidato, o jornalista Luiz Gonzalez —cotado para assumir a comunicação da campanha — reclama da tentativa da cúpula do PSDB de interferir em seu trabalho. (...) No partido, Lavareda é associado ao presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), e ao PFL. (...) Ontem, Alckmin procurou minimizar a importância do confronto entre os marqueteiros. 'A campanha começa em agosto. Isso é bobagem', afirmou. A queda-de-braço também é visível na montagem da equipe de elaboração do programa de governo do candidato. Atendendo a recomendação do presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), Tasso indicou o economista Samuel Pessoa para a equipe. No partido, a escolha foi recebida como uma sinalização de que o programa do partido poderia sugerir continuidade da atual política econômica. Dias depois, foi anunciada a indicação de Antonio Márcio Buainaim para a coordenação-executiva do programa, a convite do ex-secretário João Carlos Meirelles. Como era saído da Unicamp, seu nome poderia representar um equilíbrio de forças na equipe. 'O resultado pode ter sido esse. Mas o convidei para ajudar na consolidação das propostas', afirmou Meirelles. (...) Os tucanos de São Paulo também manifestam desconforto com a concentração de poder nas mãos de Tasso. Mas o senador tem o respaldo do candidato: 'Tasso é um craque', disse Alckmin, ontem à noite, em São Paulo."

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