A semana

Abril já era, começou maio, mês das noivas e do primeiro de maio, dia do trabalho, data comemorada intensamente pelos que governam em nome do povo e nem tanto pelo povo. Governantes, independente de cor ideológica, gostam do dia primeiro de maio, data em que costumam discorrer sobre as virtudes do trabalho, esporte que a maioria detesta.
O primeiro de maio como dia do trabalho teve origem nos Estados Unidos, em 1888, na cidade de Chicago, onde, como sempre, a polícia desceu o cacete na turba que protestava por melhores condições, especialmente pela jornada de oito horas. Alguns morreram e a data se tornou símbolo das reivindicações dos que vivenciam a luta por uma relação mais justa entre capital e trabalho.
Em Ubatuba a semana foi turbulenta. A Justiça deu Liminar contra Paulo Ramos, que teve parte dos bens indisponibilizados. A ação remonta à contratação de um técnico estrangeiro, contrariando parecer da assessoria jurídica da própria Prefeitura. Nem bem esfriou a notícia e tome outra ação, contra o mesmo Paulo Ramos, desta vez por improbidade administrativa. Motivo: superfaturamento na compra de acerola ou coisa assemelhada.
Não poderia ser diferente. A autoridade que sabe de alguma irregularidade e não toma as devidas providências é igualmente responsável.
No caso da acerola também aparece como réu o ex-secretário da Educação, professor Corsino Aliste Mezquita, crítico contumaz da administração atual. Procurei-o por telefone para que comentasse a ação. Ele disse que está tranqüilo e que não tem responsabilidade sobre qualquer irregularidade e que confia na Justiça.
Na semana que passou respondi a um questionário sobre o uso de bicicletas. É sabido que o número de acidentes envolvendo tais veículos é alto. Em parte em função da quantidade de usuários, Ubatuba tem um dos maiores índices de ciclistas do país. Isso só não justifica tantas ocorrências, cujos culpados são os imprudentes, que não respeitam regras básicas de convivência civilizada.
Faz bem a Prefeitura ao colher dados. É o primeiro passo para definir uma estratégia de ação. Disciplinar o uso de bicicletas é fundamental para melhorar a imagem de Ubatuba. Também na semana passada aconteceu a greve da rádio Costa Azul, cujos empregados reclamam de irregularidades trabalhistas.
Mas o grande acontecimento da semana foi político. O lançamento do livro de Krajcberg, na livraria Nobel. Estava todo mundo lá, prestigiando Sérgio Caribé, que começa a ganhar força como candidato sem aparecer muito, comendo pelas beiradas. Cresce o rumor de um possível “namoro” – no sentido político - entre Paulo Ramos e Pedro Tuzino. Segundo os comentários, Paulo se faria representar pelo ex-secretário do meio ambiente, Virgílio, que entraria em dobradinha com Pedro, que ainda disputa com Caribé a indicação do PSDB. Isso se Paulo não conseguir reverter os problemas jurídicos que o afastam pessoalmente da disputa. Quanto a Pedro Tuzino, tenho como certo que será candidato. Se não for pelo PSDB será por outro partido.

Definitivamente Ubatuba não é mais a mesma, a eleição acontecerá daqui a dois anos e meio e as campanhas já estão na rua. E como estão!

Sidney Borges

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