"Conspiração de transnacionais"
Morales: "conspiração de transnacionais" e reajuste de 60%
O Estado de São Paulo:
"O presidente da Bolívia, Evo Morales, decidiu politizar de vez o debate sobre aumento do preço do gás exportado para o Brasil e a Argentina, que começa a ser negociado nesta quarta-feira. Num só fim de semana, Evo disse que quer o aumento de U$ 2 dólares, equivalente a 60% do preço de hoje, e também fez um discurso acusando as 'empresas transnacionais de conspirar' contra seu governo. O comportamento do presidente é compreensível. Depois de eletrizar o país com um decreto nacionalizante, que fez sua popularidade disparar, Evo precisa da mobilização popular para convencer os interlocutores da Bolívia nas negociações a aceitar um reajuste que justifique tanto falatório. O assunto pegou. Quem andasse ontem pelo centro de La Paz, veria ambulantes enchendo o bolso com a venda das edições completas do 'Decreto Supremo' que nacionalizou o gás e o petróleo. 'O eleitorado andava meio aborrecido com o governo, que não conseguira mostrar direito para que veio', afirma o professor Raul Prada, candidato à Constituinte pelo MAS, o partido de Evo. 'O decreto mostrou que Evo tem rumo e é fiel aos compromissos de campanha.' Desde então, o Palácio Quemada tem feito o possível para construir um consenso nacional em torno da nacionalização do gás. Não é uma tarefa simples, pois envolve a capacidade de articulação com forças poderosas da sociedade boliviana, nem todas simpáticas a Evo e ao seu governo."
O Estado de São Paulo:
"O presidente da Bolívia, Evo Morales, decidiu politizar de vez o debate sobre aumento do preço do gás exportado para o Brasil e a Argentina, que começa a ser negociado nesta quarta-feira. Num só fim de semana, Evo disse que quer o aumento de U$ 2 dólares, equivalente a 60% do preço de hoje, e também fez um discurso acusando as 'empresas transnacionais de conspirar' contra seu governo. O comportamento do presidente é compreensível. Depois de eletrizar o país com um decreto nacionalizante, que fez sua popularidade disparar, Evo precisa da mobilização popular para convencer os interlocutores da Bolívia nas negociações a aceitar um reajuste que justifique tanto falatório. O assunto pegou. Quem andasse ontem pelo centro de La Paz, veria ambulantes enchendo o bolso com a venda das edições completas do 'Decreto Supremo' que nacionalizou o gás e o petróleo. 'O eleitorado andava meio aborrecido com o governo, que não conseguira mostrar direito para que veio', afirma o professor Raul Prada, candidato à Constituinte pelo MAS, o partido de Evo. 'O decreto mostrou que Evo tem rumo e é fiel aos compromissos de campanha.' Desde então, o Palácio Quemada tem feito o possível para construir um consenso nacional em torno da nacionalização do gás. Não é uma tarefa simples, pois envolve a capacidade de articulação com forças poderosas da sociedade boliviana, nem todas simpáticas a Evo e ao seu governo."
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