Manchetes do dia

Sexta-feira, 11 / 06 / 2010

Folha de São Paulo
"Senado tira receita do petróleo do Rio e cria problema para Lula"

Em ano de eleição, Planalto terá de decidir sobre pontos polêmicos do pré-sal; redistribuição do ganho é 'covarde', diz Cabral

Aprovada na madrugada de ontem pelo Senado depois de 13 horas de sessão, a distribuição igualitária de royalties do petróleo do pré-sal entre Estados e municípios contrariou Lula e Estados produtores que apontam prejuízos na partilha, como Rio e Espírito Santo. A base governista tentará ainda derrubar a decisão na Câmara, nesta terça, a fim de tirar do presidente o ônus de vetá-la em ano eleitoral. Em 2009, o Rio recebeu R$ 7,5 bilhões do petróleo; no caso do pré-sal, ruja exploração não começou, não há estimativa das perdas. Aliado do Planalto, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), chamou de "covarde" a emenda dos royalties. O Senado também mudou o projeto que cria um fundo social e destinou 50% dele à educação básica e superior. Em entrevista a uma rádio, Lula reclamou: "Daqui a pouco, o governo não vai ter como fazer política social, porque [a verba] já está carimbada".

O Estado de São Paulo
"Fatia estatal na Petrobrás crescerá com capitalização"

Senado aprova injeção de recursos, estimada em US$ 60 bi; expectativa é de forte participação estrangeira

O governo conseguiu aprovar no Senado o projeto que avaliza a capitalização da Petrobrás, o que deve ampliar a participação da União. O mercado estima que a operação movimente US$ 60 bilhões, ou um terço do valor da empresa em bolsa. Será a maior capitalização já feita no mundo. O governo quer adquirir ao menos 50% das ações ofertadas, saindo da operação com uma fatia superior a 42% e reforçando o perfil estatal da companhia para a nova fase do pré-sal. Hoje, a União detém 32,1%. O BNDES tem outros 7,7% e pretende acompanhar a oferta de ações. A Petrobrás espera concluir o processo até o final de julho. A expectativa é que a oferta tenha forte presença também de investidores estrangeiros. Além da capitalização, o Senado aprovou o novo modelo de exploração de petróleo. As vitórias foram possíveis depois que o governo abandonou a briga pela divisão dos royalties.

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