Crime e Castigo

Um caso fora do comum

Sidney Borges
Uma vez fiz um comentário sobre o caso Nardoni em um blog de grande audiência. O mundo despencou sobre a minha cabeça. Os leitores que comentaram o que escrevi não primavam pela educação. Queriam sangue, queriam vingança. Entenderam que fui brando.

O que eu disse que provocou tanta ira? Apenas que o casal Nardoni, independentemente do resultado do juri, estava condenado e teria contas a ajustar com o travesseiro pelo resto da vida. Isso supondo ser o casal normal do ponto de vista psicológico, psicopatas não sentem remorso.

O "Maníaco do Parque", perguntado se estava arrependido dos crimes cometidos, disse que sim, pois estava preso. Só por isso, se estivesse solto continuaria seqüestrando, torturando, violentando e matando.

O casal Nardoni não apresenta perfil criminoso. Antes da noite fatídica tinham vida de classe média urbana, passeavam em shopping centers, comiam hamburgueres e ficavam excitados com programas de sexo insinuado da televisão.

Uma coisa que a "madrasta" - quanta carga negativa há na palavra - disse é a pura verdade. Ela não sabe explicar o que aconteceu. Acredito. Para mim houve uma explosão de insensatez que culminou com a morte da criança.

Quem matou? Quem lançou a garota pela janela? Jamais saberemos, o casal vai para o túmulo alegando inocência e afirmando coisas sem sentido, como a presença de um terceiro personagem no apartamento.

Historinha boba. O dito cujo teria entrado, jogado a menina da janela e fugido sem roubar nada. Um arremessador de crianças que não deixa vestígios e não repete o crime. Fosse eu o juiz, ao ouvir tal balela, diria ao pai de Isabella:

- Faça-me um favor senhor Nardoni. Vá ver se estou na esquina.

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