Notícias

Mídia, ou melhor, Média. Como diria Paulo Francis

Sidney Borges
Ontem o Ubatuba Víbora recebeu 455 visitas. Não sei quantos jornais circularam. Estadão, Folha e Globo são lidos por mais de um milhão de brasileiros.

O Ubatuba Víbora abordou o belicoso pronunciamento do presidente venezuelano Hugo Chávez. Com a economia em frangalhos e a oposição crescente o presidente-caudilho, que se supõe vitalício, parece ter encontrado uma saída para a crise. Guerra.

Reprise de um filme de trinta anos. Os ditadores argentinos também tentaram a perpetuação no poder derramando sangue. Não tiveram êxito. Chávez contempla o horizonte enquanto planeja invadir os Estados Unidos, como fez o pequeno "Grand Fenwick" no filme "O rato que ruge" de 1959.

Hoje Estadão e Globo deram editoriais sobre a volúpia guerreira do vizinho. Para os leitores do Ubatuba Víbora soou como coisa velha. Parodiando Carlos Joel Nelli de "A Gazeta Esportiva": "se o Ubatuba Víbora não deu, ninguém sabe o que aconteceu".

Chávez é extravagante, tem personalidade, gostemos ou não é inegável seu talento para atrair holofotes.

Eis uma questão fundamental na vida pasteurizada de hoje. Atrair atenção, diferenciar-se da massa, ganhar notoriedade.

Deve ter sido esse o propósito da estudante da Uniban ao ir à escola em trajes de festa. Muitas considerações foram feitas sobre o tema. Ninguém levou em conta o conservadorismo dos adolescentes, cada dia mais tribais. Uniformes são da maior importância para eles.

Roupa de escola é diferente de roupa de balada. Foi esse o erro da garota. Foi à escola vestida para matar, ou melhor, para dançar. Dançou. Certamente quem incitou o tumulto foram as meninas.

- Quem essa perua pensa que é para se vestir assim?

Os garotos, imaturos como são aos 20 anos, aproveitaram para se divertir. Nem ligaram para a roupa. Homens não se preocupam com o que as mulheres vestem.

Twitter

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mosca-dragão

Pegoava?

Jundu