Manchetes do dia

Quinta-feira, 12 / 11 / 2009

Folha de São Paulo
"Temporal causou apagão, diz governo"

Ministro culpa 'descargas atmosféricas, ventos e chuvas muito fortes'; especialistas contestam. Falta de energia afetou 18 Estados, não nove Estados e o DF, como informava a 1ª versão oficial

O governo atribuiu a um temporal a responsabilidade pelo apagão mais abrangente do país, que deixou sem energia elétrica moradores de 18 Estados e do Distrito Federal entre a noite de terça e a madrugada de ontem. As primeiras informações oficiais falavam em nove Estados afetados. De acordo com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, "descargas atmosféricas, ventos e chuvas muito fortes" causaram um curto-circuito que desativou três linhas de transmissão de Itaipu. A usina foi totalmente desligada pela primeira vez. O governo afirmou que o apagão, em termos de perda de energia (46% da geração), foi menor que o de março de 1999, na gestão Fernando Henrique Cardoso, que atingiu dez Estados e o Distrito Federal (perda de 70%). O presidente Lula tratou o episódio como um "incidente". O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), ligado ao governo, diz ser baixa a possibilidade de descarga elétrica ou chuvas fortes terem provocado o blecaute e aponta possível falha no sistema. Especialistas contestam a explicação oficial e vêem má gestão.

O Estado de São Paulo
"Governo atribui apagão a raios; para especialistas, rede é frágil"

Blecaute que afetou 18 Estados, o maior em 10 anos, mostra sistema vulnerável a 'efeito dominó'

O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) disse ontem que raios, ventos e chuvas fortes em Itaberá (SP), onde fica uma subestação de Furnas, são a provável causa do maior apagão no País em dez anos. O blecaute atingiu 18 Estados por até quatro horas na noite de terça. Lobão negou falta de investimento, afirmando que o sistema é “de muito boa qualidade" - e o PT acusou a oposição de tentar criar “factoide” com o caso. O apagão afetou mais pessoas do que o último grande incidente do setor, em 1999, durante o governo FHC. Para especialistas, essa extensão expôs a fragilidade de um sistema quase totalmente dependente de geração hidrelétrica e vulnerável ao "efeito dominó". Mas eles destacaram que a rede mostrou, agora, maior agilidade para o restabelecimento da energia.

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