Brasil

Consumo, existo e voto...
Sidney Borges
A economia vai de vento em popa. Em alguns momentos parece que estamos revivendo o plano cruzado. A diferença fica por conta de que agora as coisas acontecem no plano real, não são fruto de decretos, os fundamentos da economia estão sólidos.
Um amigo que é comerciante de supérfluos, motores de popa e barcos de recreio, não consegue atender à demanda. Embora os fabricantes trabalhem 24 horas por dia, não há produtos disponíveis. A produção está vendida até o final de dezembro.
Há quem tema a volta da inflação. Não acredito que venha a acontecer, o governo sabiamente estimula o consumo e ganha pontos eleitoreiros. Mas tem como reverter o perigo. Acho que se eu estivesse no lugar do Lula faria o mesmo.
Pode ser que tenhamos algum surto inflacionário, mas isto só acontecerá depois que a inércia da estabilidade der lugar ao fator humano, quando o bom senso for substituído pela ganância, característica humana que todos criticam nos outros e não admitem ter.
Da jogada eleitoreira só há um perigo; a inflação mostrar as garras por volta de março ou abril e o governo ter de tomar medidas antipopulares para conter a sanha consumista. Pode resultar em queda de popularidade, mas é bom que ninguém imagine que isso venha a afetar Lula.
O presidente é intocável e parece revestido de teflon, nada gruda nele.
No entanto cabe lembrar que a eleição não terá Lula como protagonista. Nem sempre o coadjuvante leva o Oscar.
Sem ter sido consultado, dou uma dica caso os preços saiam da linha: chame o "Fiscal do Sarney". O poeta do Maranhão terá satisfação em colaborar com o amigo de fé, irmão e camarada.
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