Manchetes do dia

Quinta-feira, 06 / 11 / 2008

Folha de São Paulo
"Vitória histórica de Obama afasta conservadores e derrota racismo"
A pior crise econômica em década nos EUA, aliada a uma nova coalizão de eleitores inflada pela maior mudança demográfica na história recente, elegeu anteontem o democrata Barack Obama, 47, o 44º presidente do pais. È o primeiro negro a chegar ao cargo. O resultado abalou anos de hegemonia conservadora, cujo auge foi a eleição de Ronald Reagan, em 1980. Obama, que obteve mais que o dobro do número de delegados do republicano John Mccain no Colégio Eleitoral, herdará de George W. Bush um país á beira da recessão e duas guerras em andamento, no Iraque e no Afeganistão. Terá, ainda. De lidar com a ascensão econômica da China e com o renascimento da Rússia como potência, dois não-aliados. Contará, porem com maioria nas duas Casas do Congresso. Primeiro senador do norte liberal, eleito desde John Kennedy, em 1960, Obama apresenta-se como conciliador e promete um governo de centro, um meio-termo entre o que fez no Congresso e o que pregou na campanha. No seu discurso de vitória, ele retomou o tema da colaboração entre os partidos: ''vamos resistir á tentação de votar ao partidarismo, á pequeneze á imaturidade que envenenaram nossa pólitica''. O democrata passou o primeiro dia como presidente eleito em reuniões fechadas no seu QG de Chicago, para começar a compor seu gabinete. ''Os nomes do secretário do Tesouro e do secretário de Estado devem sair até o fim deste mês. O congressista Rahm Emanuel, amigo de Obama, foi convidado para ser chefe-de-gabinete. A 75 dias de deixar o cargo, Bush disse que o EUA ''fizeram hiistória'' ao eleger Obama e prometeu ''completa cooperação'' com o seu sucessor.


O Globo
"Mundo celebra a nova cara dos EUA"
O mundo recebeu com uma onda de entusiasmo a impressionante vitória de Barack Obama, eleito primeiro presidente negro dos Estados Unidos com mais de 63 milhões de votos de cidadãos americanos negros, brancos, hispânicos e asiáticos. "A mudança chegou à América", anunciou Obama, no discurso da vitória, no qual reforçou seu apelo pela união do país. Obama se dirigiu também à platéia internacional, anunciando um "novo amanhecer da liderança americana" aos que o ouviam "em palácios ou nos cantos esquecidos do mundo". A resposta foi imediata: em todos os continentes houve festa. No Quênia, terra do pai de Obama, foi feriado nacional. Da África do Sul, Nelson Mandela mandou carta dizendo que "a vitória demonstrou que nenhuma pessoa, em nenhum lugar do mundo, deve ser impedida de sonhar para transformar o mundo num lugar melhor". Na Europa e no Oriente Médio, líderes expressaram otimismo na retomada da diplomacia. O presidente Lula disse esperar o fim do embargo a Cuba.

O Estado de São Paulo
"Obama começa a escolher equipe para enfrentar a crise"
No dia seguinte à sua vitória histórica, o presidente eleito dos EUA, Barack Obama, começou a trabalhar na transição. Como coordenadores das decisões sobre a montagem de seu gabinete e do diálogo com a atual administração, Obama escolheu dois antigos colaboradores do ex-presidente Bill Clinton. Há especulações sobre alguns dos principais cargos do governo. Para o Tesouro, fala-se em Paul Volcker, titular do Fed entre 1979 e 1987, Lawrence Summers, que trabalhou com Clinton, e o megainvestidor Warren Buffett; para a Defesa, o atual secretário, Robert Gates, pode ser mantido; e para a chefia da diplomacia circula, entre outros, o nome de John Kerry, derrotado por George W. Bush em 2004. No discurso da vitória, Obama disse que quer trabalhar com a oposição, mas analistas acreditam que os republicanos, minoritários no Congresso, deverão criar dificuldades. Pela manhã, antes de falar com assessores, Obama foi a uma academia para se exercitar. Bem humorado, disse que não dormiu "tanto quanto gostaria".

Jornal do Brasil
"Presidente eleito vai atacar a crise econômica ainda antes da posse"
Mal encerrada a contagem dos votos que lhe garantiram resultado histórico, o presidente eleito dos EUA, Barack Obama, já prepara medidas contra a crise financeira. Ontem abandonou as comemorações para trabalhar na transição de um governo republicano desgastado para uma administração democrata, que começará em janeiro como salvadora. Líderes mundiais parabenizaram o eleito mas pediram medidas urgentes para evitar urna recessão global. Obama deve anunciar, nos próximos dias, ações contra a crise, entre as quais o tratamento que dará a um pacote de até US$ 300 bilhões para obras de infra-estrutura e alívio a mutuários inadimplentes.
- Maioria no Congresso aumenta chance de reformas;
- Lula pede política "mais ativa" para a América Latina;
- À espera de saída das tropas, Iraque comemora resultado.

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