Manchetes do dia

Sábado, 23 / 02 / 2008

Folha de São Paulo
"Brasil e Argentina assinam pacto de cooperação nuclear"
Brasil e Argentina puseram ontem no papel duas expressões estrategicamente explosivas ao assinarem acordo para "constituir uma empresa binacional de enriquecimento de urânio". "Enriquecimento de urânio" é uma dessas expressões. A outra é "projeto comum na área do ciclo do combustível nuclear". O acordo é parte de um substancioso pacote de cooperação assinado ontem, na Casa Rosada, a sede do governo argentino, pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Cristina Fernández de Kirchner. "Enriquecimento de urânio" e "ciclo de combustível nuclear" são expressões que os países que já têm armas nucleares costumam associar à bomba atômica. O chanceler brasileiro Celso Amorim afasta qualquer especulação nesse sentido com argumentos sólidos: primeiro, a Constituição brasileira veda o uso não-pacífico da energia nuclear; segundo, "os países que têm programas militares não fazem programas conjuntos de bomba [atômica]". O ministro acha que o acordo com a Argentina "será mais uma demonstração de que o uso que ambos os países farão da energia nuclear é pacífico".


O Globo
"Casa vazia será arrombada para combater à dengue"
Cento e quatro anos após a Revolta da Vacina, o Rio deverá ter de volta uma lei para obrigar os cariocas a abrirem suas casas para o combate a agentes transmissores de doenças: naquela época, o problema era peste bubônica, varíola e febre amarela; agora, a dengue. O governador Sérgio Cabral enviará segunda-feira um projeto à Alerj autorizando agentes de saúde a entrarem, se preciso com a ajuda da polícia, em imóveis abandonados ou naqueles em que moradores não permitam a visita. Quem resistir será multado em até R$ 20 mil. Cerca de 40% das residências do Rio - 900 mil na capital - não puderam ser vistoriadas. Os casos de dengue no estado subiram 17%, somando 8.486 notificações, das quais 67% na capital. Já foram confirmadas 42 ocorrências do tipo hemorrágico.


O Estado de São Paulo
"Brasil rejeita ceder gás boliviano à Argentina"
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou ontem que o Brasil é "sensível" aos problemas energéticos da Argentina, mas precisa de "cada molécula" do gás que importa da Bolívia. Fontes do Ministério do Planejamento argentino informaram à imprensa local que a Petrobras pode sofrer retaliações, se não ceder uma parte do gás que recebe da Bolívia. A idéia, nesse caso, é cortar o fornecimento de gás para petroquímicas da estatal brasileira instaladas em território argentino. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai se reunir hoje, em Buenos Aires, com Cristina Kirchner, da Argentina, e Evo Morales, da Bolívia, para discutir uma saída para o impasse. Em discurso feito ontem durante visita ao Congresso argentino, Lula disse q ue "é preciso construir uma estratégia energética conjunta".


Jornal do Brasil
"Lula nega gás a Cristina"
A Petrobras negou ontem a possibilidade de ceder para a Argentina parte dos 30 milhões de metros cúbicos de gás que tem comprados da Bolívia. De público, o presidente Lula disse, em Buenos Aires, que só há "pequenas divergências" em relação ao assunto com a colega do país vizinho, Cristina Kirchner. Mas, no encontro privado que mantiveram, Lula teve uma conversa franca, segundo o chanceler Celso Amorim. O presidente deixou claro que o Brasil precisa de todo o gás contratado com a Bolívia.

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