Espaço do leitor

A praça é do povo?

Perguntar não ofende, e na maioria das vezes, nem rende um processo: É esta é a destinação dos espaços vazios deixados no Calçadão da Avenida Iperoig? Virar um grande estacionamento?
Ocupar estes espaços com eventos musicais, circenses (ou com qualquer outra manifestação popular de arte e cultura) não deve sequer ter passado pela cabeça dos atuais administradores. Uma pena e um desperdício de espaço nobre!

Feira de Afins e Afins


Prometo não entrar na polêmica sobre a cobertura da Feira "Ripe", só quero falar de Leis e da falta de fiscalização

A cessão de uso de área pública - em área nobre - para a venda de artesanato local, no início da década de 1990, tinha uma razão de ser: incentivar a cultura e as raízes caiçaras e a criatividade do povo ubatubense, já que o artesanato é uma manifestação de alto valor cultural.
A Feira de Artesanato (na mens legis) deve ter sido criada como uma forma de dar expressão e visibilidade aos artistas locais e não dar-lhes um modo de sobrevivência. Deveria ter sido um plus, uma forma charmosa de divulgar a cidade, enfeitando-a nos finais de semana, com seus artesãos e o produto de seus trabalhos.
O "ponto" comercial, criado por lei "pegou". Só que artesanato é único e peças únicas não conseguem fazer frente às industrializadas. Os artesão pressionados por dificuldades econômicas, venderam seus pontos ou passaram a vender enfeites e bijuterias compradas no comércio popular de São Paulo.
Uma lei, do então vereador Eduardo Cesar, Lei 2042/2003, autoriza "excepcionalmente ... a venda de bijuterias e pequenos objetos de adorno pessoal, industrializados, desde que esses produtos não representem mais de 1/3 (um terço) da totalidade dos produtos expostos para a venda na barraca" .
Andando pela "Feira Ripe", fica uma pergunta: a partir do momento onde não promove qualquer fiscalização, o Município não estaria cedendo espaço nobre para a venda de produtos oriundos de ruas de comércio popular de São Paulo, em total desrespeito à lei original e até à lei paliativa, proposta pelo atual prefeito e aprovada pelos seus pares em 2001?
Com a palavra o Setor de Fiscalização da PMU.

Marcelo Mungioli

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