Opinião

“Peleguismo explícito”

Corsino Aliste Mezquita
Recebe o nome de pelego a pele de carneiro ou de cabra curtida que se coloca sobre a cela do cavalo com a finalidade de amacia-la e, assim, impedir que o trotar do animal maltrate as nádegas do cavaleiro.
No Brasil, desde a época de Getúlio Vargas, atribui-se ao termo “pelego” outro significado, devido à semelhança de utilidades. Pelego é o dirigente sindical ou de associações de classe, comprometido com determinações e políticas dos ocupantes do poder e que se coloca entre o governo e os integrantes de sua categoria servindo como amortecedor dos embates sociais ou de classe. Pelego é o traidor da classe. É todo aquele que, despojando-se de escrúpulos, de princípios, de ética etc.. passa a servir ao cavaleiro (prefeito, governador, presidente) como amaciamento de sua cela.
No ambiente local são todos aqueles que perdendo a visão de futuro, o coleguismo, o respeito à classe apegam-se, a pequenas benesses do presente, para uns poucos, unem-se em associações que já sugerem “aspones”, fazem festas em conluio com o poder público do momento, distraem os trabalhadores para que esqueçam: desprezos, maus tratos, não reposição salarial, falta de material nas repartições, veículos sucatados, ambiente de trabalho carregado de futricas e outras mazelas e ou ilegalidades administrativas.
O peleguismo é de tal modo nocivo que, prejudica os “pelegos” e os “pelegados”, “otários” ou “enganados”. Só é útil a políticos desonestos. Estes, quando conseguidos seus objetivos, chutam os pelegos e os otários enganados.
Lembro a esse respeito que, em 1997-1998, o Prefeito da época, queria emprestar o dinheiro do Fundo de Aposentadorias e Pensões, para pagar o décimo terceiro salário. Os conselheiros, a exceção de três, (dois do Conselho de Administração e um do Conselho Fiscal), “pelegaram” pressionados por Prefeito, Secretários, Comissionados e um grupo de funcionários. A maior parte dos funcionários de carreira apoiou os três que se mantiveram firmes. O dinheiro não foi liberado ou emprestado.Tivesse sido e hoje estaríamos sem Instituto de Previdência Municipal de Ubatuba –IPMU-. A improbidade administrativa do Prefeito e dos Conselhos teria destruído o FUNDO e a criação posterior do IPMU.
Pelegos da época, 1997-1998, militam, aqui e agora, na ASPEM e em cargos chaves da Administração Municipal. Cuidado colegas!. O Sindicato apoiou o Prefeito na Eleição; o PL e o PT o elegeram. Foram traídos. O alerta está sendo dado por quem já sofreu bastante por ter posições firmes e resistir a “pelegos”, “apadrinhados”, “mercenários” e “aproveitadores” e que, neste momento de sua vida, não tem interesses profissionais em jogo, não é candidato a nada, não está comprometido com nada nem com ninguém e não está filiado a partido político. O único interesse é alertar a classe que sempre defendeu e apoiou. Alô Sindicato!. Acorda enquanto é tempo!.
Viva Ubatuba. Sem dengue e sem caluniadores.

Comentários

Anônimo disse…
Sr. Editor,

Pelo amor dos meus filinhos...ninguém merece esse bla bla bla... sempre a mesma ladaínha, do articulista da mensagem "Peleguismo Explícito". Na verdade a carapuça lhe serviu perfeitamente, porque ele já foi um dos "Pelegos" da era Paulo Ramos. Quem o conhece de tanto criticar, anteriormente, que lhe foi premiado com o "tapa boca" na gestão passada. Devemo-nos lembrar-lhe que na Democracia a maioria decide e a minoria esperneia. Quanto à festa da ASPEM foi brilhante e é legitimamente constituída. Por isso que gera dor de cotovelo aos opositores. Faço parte da maioria e, às vezes não posso me calar. Favor publicar o meu comentário democraticamente.
Ass. Orlando Vicente Sales - Eleitor e leitor assíduo.

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