Eu na Segunda Guerra



Tempos de glória

Decolei de Amiens às 8:00 sharp. Minha missão: escoltar uma esquadrilha de B-17 sobre as montanhas alpinas. Missão altamente secreta, o alvo era Hitler em pessoa. As fortalezas carregavam bombas especialmente projetadas para destruir o refúgio do vilão nazista, isto é, se a meteorologia deixasse. Meu P-38 estalava de novo, os motores ronronravam suavemente em rotação de subida, ajustei a máscara de oxigênio, dei algumas rajadas com as metralhadoras e exerimentei os canhões. Tudo funcionou perfeitamente, abri o gás e assumi a posição de líder na formação diamante. Em breve iríamos nos agrupar dois a dois. Nivelei com o altímetro acusando 30 mil pés, logo abaixo uma camada de nuvens começou a impedir a visão do solo, no horizonte o Sol brilhava e sua luz refletida nas nuvens escondeu os bandidos. De repente cairam sobre nós como um enxame de vespas furiosas e mortais. O combate foi feroz, o ME-109 é um adversário respeitável, mas os canhôes do P-38 falaram mais alto. Nesse dia abati dois boches e quando voltava para a base encontrei o bombardeiro da foto. Mandei-o para o Valhala. Bons tempos foram os que passei como voluntário da RAF. Hitler escapou, foi salvo pelas nuvens. As bombas cairam longe de seu abrigo, mas ele não perdia por esperar, nós voltaríamos para completar a missão. Um dia contarei a história. (Sidney Borges)

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