"Ideologia, preciso uma pra viver..."

Delfin, Lula e o centro da política

No domingo dia 23 de dezembro, o jornal Zero Hora trouxe uma entrevista com Antonio Delfin Netto. Nas páginas 10 e 11, o repórter Moisés Mendes decorreu sobre sua conversa ao telefone com um dos conselheiros do ex-líder sindical Luiz Inácio da Silva. Li e reli a matéria e me veio à mente uma afirmação que considero falsa. Segundo as palavras do ex-ministro de Emílio Garrastazu Médici, ele se posiciona no “centro”. Por esta lógica, no Brasil não existe direita. Digo mais, a ausência de direita assumida, permite a confusão ideológica, escamoteando legendas de “esquerda” que governam por direita. É o caso de Lula.
Discordo profundamente da idéia de ausência de polarização ideológica... No Brasil temos direita sim. Pode-se afirmar a existência de uma direita hegemônica, pregando o neoliberalismo através de receituário macroeconômico que não passa de política financeira. Os demais projetos rendem subserviência a esta primeira. É por isso que na essência, não existe diferença entre os projetos desenvolvimentistas capitaneados por Dilma Roussef, e as críticas internas feitas por José Serra durante o segundo mandato de Fernando Henrique. Este consenso de “maturidade política” é tão forjado quanto os produtos piratas campeões de venda nas ruas do Centro de Porto Alegre.

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