Editorial

Terceira Via

Hoje, em Ubatuba, há alguns prováveis candidatos ao cargo de prefeito. O mais evidente é Eduardo Cesar, atual detentor do trono. Ele vai concorrer à reeleição, está em plena campanha, contratando e prometendo o céu e o mar e o sol sempre a brilhar a quem possa agregar votos. Eduardo só pensa naquilo, é notório, e o fato se dá desde que colocou os pés no gabinete pela primeira vez. Paulo Ramos é o “outro” na vida dele. Corresponde ao contraponto, o preto do branco, o ying do yang o baixo do alto, o claro do escuro ou o escuro do claro, o fla do flu. Ubatuba é binária, mais de dois pode dar tilt. Volto quatro anos no tempo e vejo gente batendo no Paulo, cuspindo no Paulo, acusando Paulo de ser o vendilhão do templo, de ter surrupiado trinta moedas de Judas Iscariotes. Retorno ao presente para ter uma surpresa. Aqueles que o difamavam estão arrependidos, alquebrados, dando o pescoço a corte. Um raio de luz celeste os teria iluminado e mostrado que Paulo é a única esperança contra os mouros, quem sabe até encontre e traga de volta D. Sebastião perdido em Alcácer-Quibir, aquele barzinho do “Morro do Funhenhado" que serve ótima cachaça. Paulo Ramos de Oliveira é a esperança de dias melhores para Ubatuba. Vai lutar contra Eduardo de Souza Cesar outrora a esperança. Todos têm seu dia de esperança nesta terra de sol e transatlânticos no horizonte. Colocados os atores principais, vamos aos coadjuvantes. Pedro Tuzino já foi vice-de Eduardo. O casamento durou algumas horas, o pai da noiva e o pai do noivo disseram não. Também já foi vice de Paulo, que disse não saber do fato e deu aquela risadinha característica hi, hi, hi. Pedro também foi vice de Caribé, que desistiu da batalha para recarregar as baterias, prometendo voltar “bombando”. O perigo de bombar em demasia é explodir pelo caminho. Eu disse bombar no bom sentido, de outra forma parece que só um nesta cidade está bombando. Completamente apaixonado. Bomba dia e noite e nos intervalos passeia de mãos dadas. Parabéns aos pombinhos. Estão desfrutando da melhor situação da vida, tão boa que só acontece uma ou duas vezes. Como diria o Mike do Perequim: lindo, lindo, o amor é lindo. O PTB corre pelas beiradas, parecendo donzela cobiçada, todos querem compartilhar de seu leito. Será que a moçoila vai resistir ao assédio? Ninguém sabe, donzelas são como frutas maduras, se não forem colhidas no ponto estragam no pé. E, além disso, água de morro abaixo, fogo de morro acima... Vocês conhecem o resto. Há também alguns possíveis candidatos em compasso de espera. Fala-se muito no "Padre do PT", não confundir com Frei Betto, que depois de conhecer a cozinha do restaurante chinês virou asceta. Sinceramente não vejo como qualquer candidatura personalizada possa trazer alguma esperança. Quando proponho a terceira via, não falo em nomes, mas em programas exeqüíveis, em políticas de Estado que possam se traduzir em melhorias efetivas para Ubatuba. Nenhum dos citados sequer pensou nisso, no passado quando prometeram não cumpriram. Esqueci de dizer, Charles Medeiros também pode ser candidato, seu nome vem ganhando força na cidade. Eu não tenho cor política, mas se surgir um programa sério apoiarei. Imagino que com o crescimento da cidade o meu ramo de atividade possa crescer. Por isso, tanto faz Eduardo, Cesar, Paulo Ramos, Pedro Tuzino, Sérgio Caribé, Charles Medeiros, Jija, Zizinho, Padre do PT, ou quem mais se apresentar. O homem não importa. O que interessa é o que ele vai fazer e sozinho ele não vai fazer nada além de prometer. E não cumprir. Estou aberto a apoiar o melhor programa. Mostrem as cartas, pago para ver...

Sidney Borges

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