Democracia em questão

Câmara une forças para votar fidelidade partidária

De O Globo, hoje:
"A possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitar a tese de que o mandato pertence ao partido, e não ao parlamentar eleito, uniu forças no Congresso em torno de pelo menos um ponto da reforma política: a fidelidade partidária. A bancada governista fechou um acordo e espera contar, pelo menos, com parte da oposição para votar a matéria nos próximos dias. Enquanto isso, o STF dá os últimos passos para julgar três mandados de segurança de partidos prejudicados pelo troca-troca: PSDB, DEM e PPS. Em xeque estão as cadeiras de 39 deputados, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A intenção dos governistas é dar ao STF um sinal de que matérias eminentemente políticas têm que ser decididas apenas pelo Congresso. Eles conquistaram a simpatia dos tucanos, mas DEM e PPS, que aguardam a decisão do STF, já prometem obstruir a votação. Os dois partidos de oposição acusam os governistas de negociarem a votação das novas regras de fidelidade partidária em troca de apoio à prorrogação da CPMF.
— Não há razão para negociar a fidelidade agora, ainda mais com esse projeto que estimula a traição. Alguns partidos puseram a faca no pescoço do governo e avisaram que, se isso não for votado, não votam a CPMF. Somos contra — afirma o líder do DEM na Câmara, Onyx Lorenzoni (RS)." Leia mais em O Globo
"Os partidos de oposição que aguardam o julgamento de três mandados de segurança para reaver os mandatos perdidos desde janeiro já contabilizam quatro votos favoráveis entre os 11 integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF). Os ministros Marco Aurélio de Mello, Cezar Peluso e Carlos Ayres Britto, que também integram o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), já se manifestaram a favor da devolução das cadeiras às legendas traídas. Celso de Mello deve reforçar o apoio à tese, da qual é partidário confesso desde que tomou posse na Corte, em 1989.
Presidente do TSE, Marco Aurélio de Mello afirmou, no dia 1, que a Mesa Diretora da Câmara já deveria ter afastado os deputados infiéis:
— Acima de tudo está o ordenamento jurídico. O Brasil não precisa de novas leis, mas de homens públicos que observem as normas existentes."

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mosca-dragão

Pegoava?

Jundu