Coluna do Celsinho

Bom sujeito

Celso de Almeida Jr.
Não dá para esquecer da bateria do BAC, vermelho e branco.


Eu ia de repique, sob a batuta do Cuca.

Com o mesmo mestre, toquei também no Acadêmicos, verde e rosa.

Que vibração deliciosa a entrada na avenida Iperoig.

Lembro o quanto foi bom.

Onde estão as nossas escolas de samba?

O pessoal tá por aí...

Alguns, não mais atacam no reco-reco por restrições religiosas.

Como se Deus estivesse muito preocupado com o barulhinho da haste de ferro roçando a mola...

Francamente!

Às vezes, sinto-me na Idade Média.

Onde estão os nossos músicos?

Aonde eles podem tocar, ganhar dinheiro?

Assisti a uma entrevista do Ricardo Benetti, no Programa Frente & Verso, da TV Litoral.

Benetti lembrou dos muitos salões que nossa cidade já teve.

Rememorou o início da Banda Tropical, da qual fui fã.

Convocou a garotada para as matinês no Tubão.

Ele está coberto de razão...

O que é bom precisa ser perpetuado.

E o Carnaval é bom.

Nos salões, então, melhor ainda!

Faz parte de nossa cultura.

É um momento de confraternização, de alegria, de liberdade de expressão.

Não tem nada a ver com o capeta!!!

Aliás, eu sempre o vejo nos gritos de Carnaval.

Aquele chifre, aquele tridente, aquele rabinho não enganam que, por trás da fantasia, existe uma pessoa divertida, bem humorada, em paz com a vida.

Um bom sujeito, sem dúvida.

Afinal, quem não gosta de samba...

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